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Aprenda a preparar sonho com creme de confeiteiro

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No preparo artesanal dos pães, o segredo está no tempo de fermentação, longo e natural, de acordo com o que a massa precisa. Outros elementos também influenciam para que a massa fique saborosa e leve, desde a escolha dos ingredientes até a temperatura do ambiente. O juiz-forano Malio Aflisio, 32 anos, trouxe da Europa esses conhecimentos após passar um ano em intercâmbio na Irlanda, e hoje atua como professor de panificação na UniAcademia (antigo CES), onde se formou há quase oito anos.

Foto: Arquivo Pessoal

Antes de se apaixonar pela produção de pães, porém, Malio costumava se frustrar ao tentar seguir receitas, sem saber aplicar a técnica que via na internet ou em programas de TV. O gosto pela comida e o desejo de aprender foi o que o fez deixar de lado a faculdade de turismo para se dedicar à gastronomia. Ao se formar, Malio tomou a difícil decisão de deixar a filha pequena no Brasil para se profissionalizar no exterior, uma chance única à qual se agarrou.

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“Trabalhei lá com chefs e restaurantes que receberam estrela Michelin, atuei em um hotel, na Google e até nos Correios da Irlanda. Em um desses restaurantes, tinha um italiano que me adotou para sua praça (setor) de fazer pizzas e pães para restaurantes, e percebi que era outro mundo, completamente diferente do que conhecemos de panificação no Brasil. Estamos muito acostumados a pão francês e pães de forma de mercado, mas lá comecei a conhecer o artesanal do pão, que demorava mais de 24 horas para ficar pronto. Hoje trabalho com fermentação natural longa.”

Segundo o professor, a maioria dos pães na Europa é diferente daquilo que é popular no Brasil. “Aqui a fermentação é muito curta, sem deixar as enzimas e micro-organismos atuarem para transformar o pão no alimento saudável que ele é. Na Europa, aprendi a deixar o pão descansando pelo tempo que ele precisa, tendo um pão de qualidade melhor, mais fácil de digerir”, explica, comparando à massa das pizzas tradicionais italianas. Outro diferencial que ele aponta é a facilidade de encontrar farinha de qualidade a um bom preço no mercado europeu. “A onda de utilizar farinhas italianas nas padarias artesanais hoje em dia, no Brasil, é pela falta de acesso a produtos bons de origem brasileira”, observa.

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Foto: Arquivo Pessoal

De pai para filha

Sem ter tido alguma referência gastronômica na família em quem pudesse se espelhar, Malio deseja criar essa tradição com a filha Isa, de 10 anos. “Minha intenção é que ela tenha acesso a comidas de melhor qualidade desde nova, com mais nutrição”, conta. Entre as comidas preferidas da filha está o sonho, aquele pãozinho frito ou assado, coberto de açúcar e tradicionalmente recheado com creme de confeiteiro – ou outro a gosto.

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“O creme é muito democrático. Uma coisa que faço muito é rechear com doce de leite. Algumas pessoas gostam de Nutella, creme de confeiteiro, ganache ou geleia”, conta Malio, que ensina, a seguir, a receita aos leitores da Tribuna. Um segredo é deixar a massa descansar de um dia para o outro. Também é preciso ter atenção à temperatura do óleo, para que a fritura saia perfeita. “Se estiver muito quente, queima muito rápido e não cozinha por dentro, e se estiver muito frio, vai encharcar”, destaca.

Sonho com creme de confeiteiro

Ingredientes do sonho
2 xícaras de farinha de trigo
½ xícara de leite
1 ovo pequeno
2 colheres (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de açúcar
½ colher (chá) de sal
½ colher (sopa) de fermento biológico seco

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Modo de preparo
Misture a farinha, o fermento, o sal e o açúcar. Adicione os ovos e o leite. Sove para desenvolver a massa. Adicione a manteiga e continue sovando até que esteja totalmente desenvolvida. Deixe fermentar por 20 minutos em temperatura ambiente e leve para a geladeira por 12 horas. Depois, corte em dez porções iguais e faça bolinhas. Deixe fermentar por aproximadamente mais uma hora. Frite em óleo limpo e quente. Deixe esfriar e recheie com o que preferir.

Ingredientes do creme
1 xícara de leite
3 gemas de ovo
5 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de amido de milho
½ colher (chá) de baunilha

Modo de preparo
Ferva o leite, adicione a baunilha e reserve. Branqueie as claras com o açúcar. Adicione o amido. Tempere a mistura de gemas com o leite quente e volte ao fogo para reduzir. Quando estiver grosso, transfira para um vasilhame e deixe esfriar. Mantenha na geladeira até o momento de usar.

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