A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora foi uma das instituições que participaram da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, alcançando 100% de conformidade aos indicadores de estrutura, processo e gestão de riscos. De acordo com Samya Mansur e Juliana Bacelar, enfermeiras do Núcleo de Segurança do Paciente da Santa Casa, esse resultado tem grande importância, “pois podemos incorporar ações deste instrumento para promover a qualidade assistencial e a segurança do paciente, visando o gerenciamento de riscos e a melhoria do serviço de saúde, prevenindo eventos adversos (EA) relacionados à assistência à saúde, por meio do estímulo à adoção de práticas seguras, resultando em um aumento gradual da conformidade na instituição”. São considerados eventos adversos os danos causados aos pacientes por falhas durante a assistência realizada nas instituições.
Segurança do Paciente na pandemia
O assunto sobre a Cultura de Segurança do Paciente ganhou ainda mais destaque durante a pandemia, visto que os hospitais precisam se mostrar ainda mais seguros e confiáveis para os pacientes que, ao mesmo tempo, estão mais exigentes quanto às normas estabelecidas. Uma das formas encontradas para trazer mais confiabilidade é seguir a comunicação transparente e humanizada, expondo, ao mesmo tempo, os riscos e as possibilidades, de maneira clara e acessível.
Esse método é, sobretudo, sentido pelos pacientes, que, como pontuam as enfermeiras, são impactados durante todos os cuidados e atendimentos. “Buscamos envolver nossos pacientes e acompanhantes na cultura de segurança do paciente divulgando temas importantes mensalmente nos nossos canais de comunicação, para que eles possam entender o cuidado prestado e atuar como barreira de eventos adversos”, esclarecem Samya Mansur e Juliana Bacelar.
Além disso, as enfermeiras ressaltam que, com a pandemia, não é simples a implementação das rotinas, já que, por si, a nova realidade impôs alterações nos comportamentos que, por fim, modificaram o dia a dia dos médicos e de toda a equipe da Santa Casa. Mas com o foco no bem-estar do colaborador e lidando com as exigências e, sobretudo, superando-as, atingir 100% da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente só comprova que tudo foi, realmente, seguido à risca.
“Os indicadores de segurança do paciente estão entre os principais critérios para aferir a qualidade dos serviços prestados em hospitais. A redução de infecções, quedas e lesões por pressão, por exemplo, são metas que monitoramos constantemente. Já avançamos muito em relação à segurança nos hospitais, mas ainda há muito o que se fazer. Olhando para as últimas décadas, vemos muito progresso e iniciativa científica, todavia não podemos parar. Conheça o nosso compromisso com a segurança do paciente” Dr. Renato Loures
Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora
Treinamos para toda a instituição
“Nos mantivemos os treinamentos, indo em loco para manter nossa educação continuada e dar apoio aos profissionais que se sentiam inseguros em certos momentos. Focamos em fortalecer a importância da atuação correta do profissional de saúde, reconhecendo seu trabalho e esforço. Realizamos treinamentos não só com esses profissionais que atuam diretamente com os pacientes, mas com toda a instituição. Todos têm que entender a sua importância para a segurança do paciente. Com isso, sempre visamos um atendimento de excelência.”
Uma das formas de medir se os protocolos de segurança foram aplicados foi a implementação, pelo Núcleo de Segurança do Paciente, da ferramenta “Paciente Seguro”: um formulário on-line, acessado pelo site da Santa Casa de Juiz de Fora, em que os pacientes mostram, ao mesmo tempo, conhecedores dos protocolos estabelecidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Automaticamente, a ferramenta gera estatísticas para análise, e o feedback acaba sendo imediato. Essa é, também, uma forma de capacitar ainda mais a equipe em relação à segurança do paciente. “Vimos que o cuidado com nossos colaboradores impacta de forma importante no cuidado prestado aos pacientes. Profissionais seguros, envolvidos e reconhecidos atuam de forma mais comprometida e se sentem incentivados a buscar sempre um atendimento voltado para a excelência.”
Mas esse resultado só é possível quando toda a equipe trabalha em conjunto, visando o mesmo fim: segurança do paciente e atendimento humanizado. Receber o resultado da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, com 100%, é apenas uma das comprovações dessa união. Samya Mansur e Juliana Bacelar comemoram o resultado: “Isso representa que estamos no caminho certo e gera grande satisfação, pois mostra o envolvimento de toda a instituição em prol da segurança dos nossos pacientes”.
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