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O melhor caminho é o autocuidado

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Os programas de medicina preventiva da Unimed Juiz de Fora, desenvolvidos no Espaço Viver Bem, partem do conceito do autocuidado. Muita gente nem sabe que pode ter uma doença crônica, como hipertensão e diabetes. A informação é essencial

Pense nas vezes em que invejou alguém fazendo uma atividade física de encher os olhos ou sendo obediente a uma dieta que parece impossível para você. Agora, vá mais adiante. Coloque-se no lugar destas pessoas. Por que não você? A resposta a esta pergunta é o segredo que pode abrir o portal entre a inércia e a realização de um desejo que vai lhe trazer mais qualidade de vida. E esse segredo individual, pessoal e intransferível atende pelo singelo nome de autocuidado.

“Informação e conhecimento são as palavras chaves para a gente conseguir se movimentar um pouquinho em direção ao que queremos ou precisamos”, explica a médica Sivana Assreuy Diniz, analista de saúde da Unimed Federação Minas. Por isso, os programas de medicina preventiva e até mesmo os que cuidam de pessoas com doença crônica – a exemplo do diabetes e da hipertensão (autocuidado apoiado) – colocam nas mãos dos pacientes a responsabilidade pela própria saúde.

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Porém, em vez de oferecer soluções prontas, a orientação é estimular e motivar as pessoas a buscarem suas próprias alternativas e, no caso do cuidado apoiado, a construir em conjunto (médico, paciente e equipe multidisciplinar) um plano que leve em conta possibilidades concretas e não modelos idealizados que, em geral, encontram resistência quando confrontados com o estilo de vida.

Tecnologia e preguiça

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“O interessante é olhar para si mesmo e chegar ao que é possível. Na campanha que desenvolvemos neste ano, trabalhamos o autocuidado com a desmistificação do ‘não posso adoecer’, do ‘sou infalível’, porque isso culturalmente é muito mais forte entre o sexo masculino. As mulheres, por sua vez, são excelentes cuidadoras de terceiros – dos filhos, das amigas, dos pais -, mas quando é para cuidar delas mesmas sentem aquela insegurança que as faz adiarem a decisão”, explica.

Somam-se à essa resistência cultural, hábitos e estilos facilitados pela tecnologia que “impõe um modo de vida mais sedentário, mais preguiçoso”, contribuindo para que tudo que se recomenda em prevenção, como comer de forma mais seletiva e praticar atividade física, pareça assustador ou mesmo impossível. E até mesmo porque, há alguns anos, hábitos como fumar, por exemplo, eram sinônimos de status.

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“O álcool ainda tem hoje um grande apelo social. As mulheres estão começando a beber cada vez mais jovens e bebendo muito. O organismo feminino tem menor tolerância, o que facilita o desenvolvimento da dependência a ele”, observa a médica.

Os conceitos de estilo de vida interferem diretamente no dia a dia. “Pequenas mudanças de hábitos que podem ser feitas aos poucos, de acordo com o que damos conta, é um bom caminho para o autocuidado. E, quando se identificar a necessidade de ajuda extra, procurar a equipe de saúde ou o apoio de um profissional para auxiliar neste processo”.

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Quer ouvir algo diferente?

Para quem se aventura a abandonar a zona de conforto de antigos hábitos pouco saudáveis e mergulhar em novas experiências que melhoram e muito a qualidade de vida, a Unimed Juiz de Fora tem o endereço certo: o Espaço Viver Bem, na Avenida Itamar Franco. Quem chega por lá, logo é encaminhado ao acolhimento que identifica, entre outros, o nível de compreensão que a pessoa tem sobre saúde, sobre doença, inclusive as próprias.

“Procuramos entender mais a fundo o motivo que trouxe o paciente até aqui, o que o motivou a dar o primeiro passo, o que o fez se interessar em ouvir alguma coisa diferente. Isto não significa que ele vá aderir ou iniciar o trabalho, mas já é um sinal para a equipe”, explica o professor de educação física do Espaço Viver Bem, Vinicius Mendonça Novaes. Desde este momento, o cliente é convidado a assumir o cuidado sobre sua saúde.

“Deixamos claro que ele é o agente principal para a mudança. A equipe propõe o plano de cuidado e o motiva a aderir, explicando o porquê de cada ação que foi pensada especificamente para ele”, acrescenta o professor. Por isso, todo cliente passa por um grupo denominado Autocuidado apoiado.  “Antes de qualquer intervenção presencial, de exercício físico, grupos operativos, o psicólogo busca colher informação para identificar o nível de participação em que o paciente está: pré-contemplação, contemplação ou ação, para ajustar o trabalho de acordo com este momento”.

E isto não se aplica apenas a pacientes novatos. Também os que já estão em tratamento há meses são acompanhados para identificar queda no desempenho, desmotivação, não aceitação da doença e até mesmo auto sabotagem ao tratamento. Quando isso ocorre, a pessoa passa a integrar o grupo Viver Bem, onde se busca compreender sua nova fase e, a partir daí, iniciar os processos para obter mais aderência e participação.  Afinal, o envolvimento é fundamental.

“A proposta é justamente a de que o paciente seja independente não só na prática, no cuidado clínico, mas que consiga ter autocrítica e autoanálise mais apuradas em relação ao que se passa com ele”, observa Vinicius. “Como o apoio ao cuidado ao paciente tende a ficar mais esparso e autônomo quanto mais treinado para isso ele tiver melhor”.

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