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Casa completa em 26m²

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Loft com móveis dinâmicos: em um espaço reduzido, os ambientes não podem ser estáticos (Olavo Prazeres)

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Com TV e ilha com muitos armários, cozinha alia a tecnologia à estética e à funcionalidade: feita para cozinhar e, sobretudo, receber

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Todo mundo quer um pouco mais de espaço, seja para melhor organizar o ambiente ou para poder guardar mais objetos. Com casas e apartamentos cada vez menores, a solução é buscar móveis planejados e tecnológicos para aproveitar cada cantinho. É o que sugerem os arquitetos que assinam os projetos Loft da Artista (Luciana Teperino) e Cozinha Essencial (Raquel Fraga e Marcos Cordeiro), dois dos ambientes que estão na Mostra Casa Design, no Bairro Aeroporto.

No andar superior da casa escolhida para abrigar a mostra, no Aeroporto, Luciana criou uma casa moderna e funcional em um espaço de 26m², perfeita para duas pessoas morarem. A arquiteta criou um espaço para a cama de casal, guarda-roupa, escritório ou atelier, biblioteca, bar, cama para hóspedes, cozinha com ilha, despensa, sala de estar e TV, mesa para cinco pessoas e banheiro.

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Luciana explica que a ideia é mostrar que um ambiente pequeno não deve se restringir às necessidades dos moradores. “O espaço deve se adaptar ao que o morador precisa, e não o contrário. A solução encontrada foi deixar à vista o que será usado no momento. Em um espaço reduzido, os ambientes não podem ser estáticos. Este é o conceito dos móveis dinâmicos que desenvolvi no projeto”, destaca.

O mobiliário, em MDF, foi desenhado para otimizar a área, permitindo que a pessoa possa transformar o espaço a partir de abertura das estruturas. Nas escadas, por exemplo, os degraus do tablado escondem gavetas, e o piso que o reveste, dando acesso aos armários e à cama, ao ser aberto, funciona como bancada de escritório. “Com um projeto bem definido, que contemple todas as necessidades dos moradores, é possível unir praticidade e economia em um espaço reduzido, sem limitar o conforto e o aconchego que um lar deve oferecer”, observa.

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Nas outras áreas do loft, o piso é revestido em porcelanato, sendo acetinado na sala e na cozinha e brilho no banheiro. As paredes ganharam revestimento de cerâmica em 3D e, em outra parte, foram pintadas com desenho de mosaico nas cores vermelho, amarelo e cinza, acompanhando o estilo escolhido para a cozinha.

Segundo a arquiteta, entre as vantagens de viver em um espaço reduzido está a redução dos custos, o tempo de limpeza e o olhar para o consumo, mais consciente. “Assim acumulamos menos objetos e aprendemos a praticar o desapego às coisas que não usamos mais. Porém, a decisão de se viver em um local menor não deve interferir naquilo que você mais gosta de fazer quando está em casa, as experiências não podem ser reduzidas.”

 

Sempre cabe mais um

Muitos afirmam que a cozinha é o coração da casa, não importa o tamanho. A arquiteta Raquel Fraga e o projetista Marcos Cordeiro conseguiram integrar uma cozinha completa em um espaço com 18m². “Pensamos em uma cozinha funcional, leve, atual e integrada aos outros ambientes, além do excelente aproveitamento do espaço, já que o mesmo era bem restrito. Esta cozinha é para pessoas que usam o espaço para receber e cozinhar com todas as necessidades supridas, que vão desde uma iluminação intimista e ao mesmo tempo focada na bancada até os materiais utilizados em uma cozinha profissional, como o aço inox nas bancadas de manipulação”, explica Raquel.

O projeto alia a tecnologia à estética e à funcionalidade. “Otimizar a cozinha é fundamental devido aos espaços menores ou até ao conceito da socialização pela gastronomia. Anos atrás, notávamos a cozinha como um espaço a ser escondido. Hoje é um dos locais com maior investimento na residência”, destaca.

O projeto inclui uma bancada central em ilha, com armários em ambos os lados, que possuem gavetas e prateleiras em tamanhos diferentes, outras prateleiras no entorno, espaço para geladeira e despensa com portas deslizantes e iluminação interna em LED. Em uma delas está incluso um sistema de TV integrada à porta, já a outra é em vidro espelhado e transparente, que não atrapalha a visão da TV ao ser aberta. As gavetas, assim como as portas, possuem blumotion, que facilita e suaviza a ação de abrir e fechar os armários. “Quando integramos as funções, conseguimos aumentar os espaços, diminuir a circulação e aumentar o espaço útil”, observa.

Entre os materiais escolhidos pela dupla, estão fórmicas, lâminas naturais em madeira nogueira, vidros cristallos, acidatos e refletentes. As prateleiras são em lacatto e aço inox. Para compor o ambiente, a arquiteta ainda lançou mão de materiais naturais, como madeira, tijolo, massa texturizada e piso tipo cimentício. Já os equipamentos e os adornos são compostos por peças retrôs como batedeira, torradeiras e taças, quadros, papel de parede e revestimentos de cerâmica 3D, roll on e plantas.

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