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Bairro Cascatinha: quem conhece quer ficar

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Bairro é um dos mais valorizados na cidade, com o preço médio do metro quadrado fixado em R$ 4.232, cerca de 0,5% mais caro do que o valor médio praticado (Foto: Olavo Prazeres)

Quem passa rapidamente pela Avenida Doutor Paulo Japiassu Coelho, porta de entrada e uma das mais movimentadas vias do Cascatinha, pode não perceber todo o aconchego que o bairro oferece, embora já seja possível observar parte da infraestrutura que ele possui. A avenida é responsável por fazer a ligação com outras duas importantes avenidas da cidade, a Itamar Franco e a Deusdedit Salgado, e exatamente por isso pode remeter à ideia de “lugar de passagem.” No entanto, os moradores garantem que quem conhece o Cascatinha quer ficar.

Maior disponibilidade é de apartamentos de dois e três quartos, tanto para venda quanto para locação. Na foto, Rua Itamar Soares de Oliveira (Foto: Olavo Prazeres)

É de olho nesta grande demanda que o mercado imobiliário tem se movimentado na região Sul da cidade há alguns anos. Desde a inauguração do Independência Shopping, em 2008, houve um processo de expansão no Cascatinha e áreas do entorno. Além da atração de novos empreendimentos comerciais e expansão dos que já existiam, muitos lançamentos residenciais são realizados até hoje.

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O bairro está entre os mais valorizados da cidade, com o preço médio do metro quadrado fixado em R$ 4.232, cerca de 0,5% mais caro do que o valor médio praticado na cidade, que é de R$ 4.212, conforme levantamento mais recente do Portal Agente Imóvel, realizado em julho.

O Cascatinha é o oitavo bairro com o preço médio do metro quadrado mais caro na cidade, atrás de Granbery, Santa Helena, Centro, Alto dos Passos, São Mateus, Santa Luzia e Boa Vista, respectivamente.

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Casais e jovens famílias são principal demanda

A expansão imobiliária no Cascatinha é fruto da alta demanda por moradia na região. “É um lugar muito procurado pela excelente localização. Está situado entre o Centro e a Cidade Alta, com fácil acesso à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e também à BR- 040”, destaca o sócio diretor da Ribeiro e Arrabal Negócios Imobiliários, Christian Arrabal. Segundo ele, casais que estão começando a vida juntos e as jovens famílias são os principais perfis que procuram imóveis no Cascatinha.

Cristian é exemplo desta estimativa. Desde 2015, mora no bairro com a esposa e o filho. “A infraestrutura foi o principal atrativo para nós. É um bairro bonito, tranquilo e que possui um comércio muito forte. Tem supermercado, padaria, farmácia, loja de móveis, restaurante”, enumera.
A jornalista Nathani Paiva, 28 anos, se mudou em abril deste ano, após se casar. Ela conta que o marido tinha um apartamento no bairro que estava alugado, e eles pediram ao inquilino porque tinham interesse em começar a vida a dois no Cascatinha. “Estou adorando morar aqui. Minha rua é muito tranquila, e o bairro proporciona muitas facilidades na área de comércio e serviços. É possível ir ao shopping a pé”, relata. “Se eu não trabalhasse no Centro, não precisaria sair daqui para nada, pois a infraestrutura é muito boa.”

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Dentre outras vantagens, o gerente da imobiliária Nogueira Imóveis, Ramon Rezende, ressalta o fato das ruas do bairro serem planas e a oferta de transporte público ser considerada satisfatória. “As ruas ‘dentro’ do bairro são as mais procuradas, em especial, as que estão próximas ao Clube Cascatinha.” Nesta demanda, ele destaca os endereços Itamar Soares de Oliveira, Petrus Zaka, Ministro Amarílio Lopes Salgado, Nair de Castro Cunha e Miguel José Mansur.

Oferta de apartamentos é predominante

O Cascatinha é o oitavo bairro com o preço médio do metro quadrado mais caro em JF. Na foto, a Rua Miguel José Mansur (Foto: Olavo Prazeres)

A oferta imobiliária é predominantemente de apartamentos de dois e três quartos, disponíveis tanto para venda quanto para locação. “Tem muitas construções novas, o que contribuiu para o aumento do número de imóveis neste perfil. Quem procura casa ou apartamentos menores terá mais dificuldade para encontrar”, alerta o gerente de vendas da imobiliária Nogueira Imóveis, Ramon Rezende.

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A professora Fernanda Silva conta que mudou com o marido para o bairro pelo interesse em morar em um apartamento maior. “Foi um dos lugares em que encontramos mais opções dentro do que desejávamos, que era um imóvel que fosse espaçoso semelhante a uma casa, oferecesse a segurança do apartamento e estivesse com um preço dentro da nossa realidade.” Foi assim que ela e o esposo optaram pela locação de um apartamento de dois quartos.

Com relação aos preços, o sócio diretor da Ribeiro e Arrabal Negócios Imobiliários, Christian Arrabal, afirma que com uma boa pesquisa o consumidor pode achar valores interessantes. “Há uma grande variação. É possível encontrar apartamentos de dois quartos com aluguel até R$ 2 mil e coberturas com valor até R$ 3 mil”, exemplifica.

Condomínio Clube

Outro tipo de imóvel que tem se tornado tendência no Cascatinha é o chamado condomínio clube, que consiste em edificações que possuem uma grande estrutura de lazer como piscina, playground, sauna e quadras esportivas.

Avenida Doutor Paulo Japiassu Coelho é responsável por fazer a ligação com outras duas importantes avenidas da cidade, a Itamar Franco e a Deusdedit Salgado (Foto: Olavo Prazeres)

Comerciantes pedem mais segurança

A rede de comércio e serviços é bem estruturada e diversificada, atendendo bem aos moradores. No entanto, com o crescimento da região, os comerciantes apontam a necessidade de aumento da segurança. Em conversa com a Tribuna, eles informaram que apesar do local ainda ser considerado tranquilo em comparação com outros bairros da cidade, a incidência de crimes como furtos, roubos e assaltos aumentou nos últimos anos.

No último dia 11, a agência do Banco Santander localizada na Avenida Doutor Paulo Japiassu Coelho foi arrombada, e os bandidos levaram mais de R$ 400 mil, além de armas de fogo que eram usadas por vigias. Outras duas ocorrências semelhantes foram registradas no mesmo estabelecimento, uma em março e outra em setembro de 2016.

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