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Com o conforto de uma casa e a segurança de um apartamento

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Em projeto arquitetônico de Fernanda Rubatino, cobertura prioriza área de lazer (Foto: Marcelo Ribeiro)

Os imóveis de cobertura possuem atrativos específicos que despertam o interesse dos consumidores. Por possuírem tamanhos maiores, via de regra o dobro dos chamados “apartamentos tipo”, conseguem mesclar o conforto e a privacidade que as casas oferecem com a segurança e a infraestrutura dos prédios. A valorização também é maior, visto que a oferta por edifício é menor. No entanto, outros aspectos devem ser considerados na hora de comprar uma cobertura. Dentre eles, o financeiro, já que o valor deste tipo de imóvel pode ser até 60% mais caro, e as despesas com condomínio podem ser superiores quando houver adoção do modelo de cobrança por “fração ideal.”

O vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), Vinícius Araújo, explica que há três tipos de cobertura. A chamada “padrão” distribui os ambientes de sala, quarto, cozinha e banheiro no primeiro andar, e a área do terraço no segundo. Já a “cobertura linear” apresenta todos esses ambientes em um único pavimento, não havendo a necessidade de escadas. E o modelo “Top House”, em que a área social e o terraço se localizam no primeiro pavimento, e os ambientes íntimos, como dormitórios, no segundo. “Cada uma traz benefícios únicos, atendendo necessidades específicas do cliente.”

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Em Juiz de Fora, há oferta dos diferentes modelos. Embora seja possível encontrar coberturas em toda a cidade, os bairros São Mateus, Cascatinha, Centro, Santa Helena, Bom Pastor e Granbery são os que apresentam maior volume de imóveis. “Sempre que um prédio é lançado, as coberturas costumam ser vendidas primeiro. A procura é boa”, avalia o sócio da Invest Imóveis, Washington Frade Pires.

Este tipo de imóvel está disponível em maior escala para compra. “Estimamos que 80% da oferta são para vendas, e 20% para locação”, diz o sócio da imobiliária Remax, Toti Faria. Casais com filhos, pessoas que têm animais de estimação e aquelas que priorizam uma área de lazer para socialização integram os principais perfis de consumidores. “São pessoas que privilegiam o conforto de ter espaço, mas querem a praticidade da localização. Pois as casas, por exemplo, estão situadas em condomínios mais afastados”, compara Cristiano Fonseca, sócio-proprietário da Acessa Imóveis.

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Impacto na qualidade de vida dos moradores

Ter uma área de terraço descoberta com maior incidência solar e vista privilegiada são alguns dos atrativos (Foto: Felipe Couri)

A estrutura oferecida é o principal diferencial, que pode impactar, inclusive na qualidade de vida dos moradores, segundo o vice-presidente do Creci-MG, Vinícius Araújo. “Basicamente, a cobertura vai oferecer o conforto de uma casa, com a segurança de morar em um prédio. Ter uma área de terraço, descoberta, onde se pode fazer uma área de convívio e lazer, com toda a privacidade e liberdade, sem precisar conviver com os vizinhos e cumprir as regras que um condomínio pode estabelecer para as áreas comuns”, diz. “O silêncio e o nível de ruído são menores, enquanto a incidência solar é maior. Também há mais oportunidades de desfrutar de um contato com a natureza, já que é possível cultivar jardim e ter área para animais domésticos. Além disso, a vista é privilegiada. Todos esses fatores agregam em qualidade de vida.”

Preços variam de R$ 380 mil a R$ 1,5 mi

Para desfrutar de todas as vantagens de morar em uma cobertura é importante preparar o bolso. Segundo estimativa do setor imobiliário local, o valor pode variar numa faixa entre R$ 380 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo da estrutura oferecida.

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Ter uma área de terraço descoberta, com maior incidência solar e vista privilegiada são alguns dos atrativos (Foto: Felipe Couri)

Em comparação com os “apartamentos tipo”, uma cobertura pode ser até 15% mais cara quando for do modelo linear. Já nos outros dois modelos duplex, a diferença pode chegar a 60%. “Essa variação ocorre de acordo com a área de cobertura e as benfeitorias existentes”, explica o sócio da Invest Imóveis, Washington Frade Pires.
Despesas são maiores

O sócio-proprietário da Acessa Imóveis, Cristiano Fonseca, alerta para os custos das despesas. “As taxas mais altas estão entre as principais queixas dos proprietários.” De acordo com o sócio da imobiliária Remax, Toti Faria, isso ocorre porque a maior parte dos condomínios da cidade usa o conceito de “fração ideal” para ratear os custos. “Isto significa que uma maior área terá maior valor a ser pago de taxa condominial.”

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Os profissionais ressaltam, ainda, os custos de manutenção exclusivos do proprietário. “Financeiramente também é bom que o comprador de uma cobertura tenha em mente os gastos com manutenção do telhado e recursos de impermeabilização do piso da área externa, já que qualquer descuido pode trazer transtornos e danos à estrutura do prédio e dos apartamentos vizinhos”, conclui o vice-presidente do Creci-MG, Vinícius Araújo.

Valorização

Em contrapartida, os profissionais explicam que a valorização do imóvel é garantida, tendo em vista a menor oferta e comparação com os apartamentos tipo.

Cuidados na hora da compra

Quem optou pela aquisição de um imóvel de cobertura deve tomar alguns cuidados na hora da escolha. Os profissionais orientam que o consumidor observe desde questões estruturais, como presença de infiltração, impermeabilização de pisos e incidência solar, até a documentação. “Muitos prédios, principalmente mais antigos, permitiram, por meio de convenção de condomínio, o direito de uso do terraço aos moradores do último andar.

Moradores, então, construíram um segundo pavimento, mas sem a devida regularização junto à Prefeitura. Não constando, portanto, na matrícula do imóvel. Isto pode trazer transtornos como autuações e multas altas, além da própria dificuldade em comprar o imóvel por meio de financiamento imobiliário”, alerta o vice-presidente do Creci-MG, Vinícius Araújo.

Ele também orienta que o comprador verifique se o imóvel atende suas necessidades. “Na cobertura padrão, a configuração mais encontrada no mercado, existe a presença de escadas no próprio apartamento para acessar o terraço, o que tende a inibir certa faixa etária a procurar imóveis deste tipo. Em coberturas e andares altos também é bom contar com as eventualidades de falta de energia e defeitos nos elevadores, o que trará o transtorno de ter que usar a escada do prédio.”

 

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