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Ecologicamente corretos, telhados verdes estão em alta

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Projeto para casa de campo propõe cobertura verde com espécies que possuem raízes superficiais em função do espaço reduzido da platibanda de concreto aparente, como cactos e jasmim manga

Não é de hoje que a arquitetura cria soluções para equilibrar demandas da sociedade e preservar áreas verdes nas cidades. Na onda da sustentabilidade, que enaltece práticas de reciclagem e reuso dos recursos para minimizar os impactos ao meio ambiente, está o resgate uma prática milenar: o telhado verde.

Nos livros de história, os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo, inspiraram muitos projetos paisagísticos inicialmente pela estética. Hoje, o caráter sustentável está mais em alta. “O movimento da arquitetura modernista tirava muito partido desse tipo de cobertura, normalmente sobre lajes, formando terraços verdes muito interessantes, tanto em residências quanto em espaços públicos. É uma das maneiras mais visíveis para se aplicar medidas tidas como ecológicas”, ressalta o arquiteto Frederico Andrade.

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Conforto e ecologia

A vegetação escolhida para adornar as coberturas tem muito mais funções além da estética, como contribuir para o conforto térmico da residência. “A vegetação pode reduzir a vazão de água para as redes das cidades, pois ajuda a reter a quantidade em períodos de chuvas fortes, evitando alagamentos causados por falhas no sistema de captação e no acúmulo de lixo. Com a água retida nos telhados, ela vai sendo despejada mais lentamente, e os rios conseguem absorver melhor a vazão, ajudando nos períodos mais críticos”, observa o arquiteto.

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Plantando e cuidando

Exemplos de cobertura em áreas de lazer, com estrutura em concreto e metálica, coberta pelas espécies trapuerava e grama esmeralda

Tanto as lajes quanto os telhados apresentam condições climáticas muito semelhantes às encontradas em regiões desérticas: alta exposição ao sol, ventos constantes e variação de temperatura durante o dia. Segundo Frederico, espécies de plantas com raízes superficiais são as mais indicadas. Entre as opções, estão as suculentas, que armazenam água em suas folhas e apresentam uma boa relação com a drenagem. “A escolha vai depender do que se pretende com espaço, considerando características como incidência de sol e rotina de manutenção, bem como poda, rega e limpeza periódica”, comenta.

As coberturas verdes também podem servir para o cultivo de hortas, gramados e até canteiros ornamentais. A estrutura do telhado que receberá o jardim também merece atenção. “A manutenção preventiva deve se tornar um hábito. Assim, calhas, rufos e ralos devem ser limpos periodicamente para evitar entupimentos, acúmulo de sujeira, pequenos insetos e bichos”, aponta Frederico. E lembre-se: antes de construir a cobertura, o telhado, ou laje, precisa ser impermeabilizado. A cobertura deve ser protegida com lona ou por um telhado metálico.

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