‘Violeta foi para o céu’

Violeta Parra nasceu em San Carlos, no Chile, em 1917 e morreu na capital do país 50 anos depois. Uma das maiores defensoras dos oprimidos e explorados, deixou um imenso legado musical, com canções como Volver a los 17 e a emocionante Gracias a la vida. A cinebiografia conta a história de mais uma artista incompreendida, que quis a todo custo espalhar e ensinar sua arte. Equivalente local (em termos de paixão nacional) à Edith Piaf para os franceses, Violeta foi uma mulher que teve tudo o que quis, de amantes mais jovens ao reconhecimento de mineiros e políticos chilenos, passando pela burguesia cultural chilena, tudo foi alcançado por uma mulher insatisfeita por natureza e voluntariosa ao extremo. Telecine Cult, 20h

Violeta se fue a los cielos, Argentina, 2011. Direção Andrés Wood. Com Francisca Gavilán e Thomas Durand. Biografia, cor, 120 min.

O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA

Em plena década de 1950, um fotógrafo se hospeda numa pequena pensão, mas tem de acordar subitamente à noite para fotografar uma linda moça morta a poucos instantes. O rapaz que está na região do Douro para documentar antigos métodos de trabalho nas vinhas, com especial atenção aos chamados cavadores da terra, fica subitamente perturbado pela imagem da falecida. Reconhecido cineasta português centenário, Manoel de Oliveira reproduz um conto mágico sobre uma paixão que só pode se concretizar no mundo dos sonhos. Max, 14h40

O estranho caso de Angélica, Portugal, 2010. Direção Manoel de Oliveira. Com Pilar López de Ayala e Leonor Silveira. Drama, cor, 96 min.

SOY CUBA – O MAMUTE SIBERIANO

No início dos anos 1960, o diretor soviético Mikhail Kalatozov, com uma equipe de 200 pessoas, rodou em Cuba a superprodução Soy Cuba. A intenção original era que o filme fosse uma poderosa arma de divulgação sobre a revolução cubana, mas ele terminou sendo ignorado após sua estreia em Havana e em Moscou. Descoberto pelos diretores Martin Scorsese e Francis Ford Coppola nos anos 1990, a trama serve ao documentário que reúne depoimentos dos atores e técnicos sobreviventes de Soy Cuba, mostrando o contraste entre as culturas cubana e eslava. Canal Brasil, 17h05

Soy Cuba – O mamute siberiano, Brasil, 2005. Direção Vicente Ferraz. Documentário, cor, 90 min.

CAÇA ÀS BRUXAS

Behmen é um guerreiro medieval que tem que transportar uma suposta bruxa para um monastério onde os monges acreditam ser dela a fonte de uma peste devastadora no século XIV. No caminho, ele passa por muitas provações em uma aventura histórica que pode mudar o rumo da humanidade. Megapix, 22h30

Season of the witch, EUA, 2011. Direção Dominic Sena. Com Nicolas Cage, Ron Perlman e Claire Foy. Aventura, cor, 110 min.

Um dedo, uma ferida

Nem só de flores a televisão consegue falar. Mas também não é preciso explorar apenas os espinhos. Esse é o tom que o apresentador Lalo Leal promete dar ao debate acerca do jornalismo policial televisivo, tema do Ver TV desta sexta. Para discutir a espetacularização da violência, o programa recebe o juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude de São Paulo, Egberto de Almeida Penido; o jornalista Carlos Amorim, com mais de 40 anos de experiência nas principais redes de televisão, fazendo jornalismo investigativo; e o psicólogo, mestre em psicologia pela Universidade de São Paulo, Davi Mamblona Romão, autor da pesquisa Jornalismo policial: indústria cultural e violência. TV Brasil, 20h

O SOM DO VINIL

No programa apresentado pelo titã Charles Gavin, músicos nacionais comentam a importância da bateria na bossa nova de Tom Jobim. Em entrevistas com Roberto Menescal, Ruy Castro e o baixista Ron Carter, a atração disseca a trilogia do maestro, que inclui Wave, Tide e Stone flower. Canal Brasil, 21h30

GLOBO REPÓRTER

Entrando no universo de milhões de empregadas domésticas brasileiras, o programa investiga as mudanças que chegam com a nova lei, além de apresentar exemplos de superação e resistência. Entre os casos, a atração conta a história de uma doméstica que se tornou chefe de cozinha em Paris. Globo, 22h26