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Acessibilidade: quatro obras (e uma plataforma) inclusivas

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Em 26 de setembro é celebrado o Dia Nacional dos Surdos. A data representa a luta da comunidade por direitos, igualdade e inclusão. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), 5% da população brasileira é composta por surdos. Apesar disso, a cultura ainda se mostra restrita, com pouca acessibilidade e um acervo de filmes, principalmente, limitado, o que, muitas vezes, inviabiliza ou dificulta o entretenimento. Pensando nisso e para registrar a data, a Tribuna lista quatro obras inclusivas e uma plataforma que reúne filmes que possuem audiodescrição, legenda descritiva e Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).

Série “Crisálida”

“Crisálida” é a primeira série de televisão em Libras e português. A primeira temporada estreou em 2019 na TV Cultura e, logo depois, em 2020, entrou para o catálogo da Netflix. A série retrata as situações vividas por surdos, com episódios que mostram a realidade de cada um deles em diferentes contextos. Ela é bilíngue, acessível e desmistifica a construção que permeia nossa sociedade. A segunda temporada deve sair ainda neste ano.

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Filme “A hora da estrela”

Um problema constantemente debatido entre os surdos é a falta de legenda ou língua de sinais em filmes nacionais, que, além de tudo, são uma amostra cultural nacional e fonte de muita informação. Hoje em dia, com a legenda automática que o YouTube disponibiliza, a situação melhorou. “A hora da estrela” é um livro clássico de Clarice Lispector, protagonizado por Macabéa, uma alagoana datilógrafa que vive no Rio de Janeiro. A história foi adaptada para o cinema em 1985, em filme dirigido por Suzana Amaral, e, mais recentemente, recebeu uma versão em Libras, disponível no YouTube.

Filme “Nada que eu ouça”

“Nada que eu ouça” é um filme lançado em 2008 que conta sobre a decisão de uma mãe surda e um pai ouvinte em realizar o implante coclear (tipo de “ouvido biônico”) em seu filho, e todas as questões que envolvem a realidade deles. Uma família já adaptada, que lida constantemente com pessoas surdas e não surdas, é o caminho para entender a cultura e a realidade cotidiana. O filme está disponível com legenda em português e, em momentos, os diálogos são feitos em língua de sinais americana.

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Livro “A imagem do pensamento”

Sueli Ramalho Segala é escritora, professora de línguas e aprendeu 32 diferentes idiomas de sinais. Junto com Catarina Kiguti Kojima, escreveu “A imagem do pensamento”, um trabalho que busca facilitar a inclusão de surdos na sociedade. O primeiro volume traduzia palavras e frases da português para Libras. Na versão mais recente, de 2012, novos capítulos foram inseridos para orientar nos processos de acolhimento em todos os ambientes sociais. De maneira didática, auxilia também na prática de Libras, tanto para surdos quanto para não surdos.

Plataforma “PingPlay”

Com uma série de filmes, dos mais novos aos clássicos, a plataforma brasileira “PingPlay” é totalmente acessível. Todas as obras e os trailers possuem audiodescrição, legenda descritiva e Libras. Ela foi produzida por pessoas com deficiência e, por isso, é intuitiva e fácil de operar. O acervo é atualizado constantemente com filmes nacionais e internacionais. Lá, por exemplo, tem o vencedor do Oscar de 2020, “Parasita”.

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