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Mais que Jeca Tatu: 5 filmes de Mazzaropi de graça no YouTube

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Neste domingo (13), completam-se 40 anos desde a morte do maior cômico brasileiro: Amácio Mazzaropi. Conhecido por seus personagens caipiras, únicos, ele tirou sua inspiração principal no circo, onde iniciou sua vida artística já com 14 anos. Indo contra a vontade do avô, que o incentivou em outras artes, como a pintura – na qual Mazzaropi também se destacou -, e da mãe, que já pensava na possibilidade do fracasso mesmo antes do início da carreira, o ator conseguiu, só no cinema, no século passado, em torno de 150 milhões de espectadores. O sucesso foi tanto que, anos depois, com sua própria produtora, a PAM Filmes, Mazzaropi financiava sozinho suas produções filmes, sem qualquer apoio externo. A carreira, que começou no circo, passou pelo teatro, rádio e televisão, conseguiu ainda mais prestígio no cinema. Apesar das críticas, Mazza fez cultura popular como poucos. Hoje, a Tribuna faz um tributo ao artista e lista cinco filmes de Amácio Mazzaropi, disponíveis no YouTube, para chorar de rir.

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“Chofer de praça” (1958)

“Chofer de praça”, dirigido por Milton Amaral, estreia Amácio Mazzaropi como, também, produtor, pela sua produtora PAM Filmes. Funcionando como uma homenagem à cidade do comediante e ao seu pai, chofer de praça – termo usado na época para os taxistas -, o filme é uma comédia sobre Zacarias (interpretado por Mazzaropi) e Augusta, casal recém-chegado a São Paulo. Raul, o filho mais velho, tem vergonha de seus pais sertanejos e é Zacarias quem desmascara sua origem em um jantar com a família rica da namorada. O personagem de Mazzaropi é o taxista, que dirige um carro barulhento, alvo de zombarias. No filme, vemos um Parque do Ibirapuera novo, logo após sua inauguração, quando Raul passeia de lambreta – também novidade na época – pela cidade.

“Jeca Tatu” (1959)

“Jeca Tatu” é baseado no personagem homônimo de Monteiro Lobato. Jeca é um caipira preguiçoso, que vive em uma cidade do interior de São Paulo com toda a família. Seu vizinho é um agricultor italiano, com quem disputa terra e, principalmente, o futuro dos filhos: o filho do rico quer namorar a filha do caipira. Toda essa história gera inúmeros conflitos, com também outros personagens ao redor, que registram um dos personagens mais conhecidos de Mazzaropi. Além disso, carrega um roteiro, escrito por Milton Amaral (também diretor), inspirado no teatro de circo: a principal escola do artista. Na época, o filme fez tanto sucesso que contabilizou cerca de 8 milhões de pagantes. Até hoje é conhecido por ser um de seus filmes mais engraçados.

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“O corintiano” (1966)

“O corintiano” é um filme de Milton Amaral em que Mazzaropi interpreta o barbeiro Manuel, o corintiano. Fanático pelo Timão, morador de São Paulo, “Seu Mané” faz de tudo pelo Corinthians e, por isso, enlouquece a família e os vizinhos – principalmente o palmeirense Leontino, seu rival. Quem também faz parte da família é seu mascote, o burro com quem divide até a mesa. O amor pelo time acaba fazendo com que ele intervenha, também, no futuro dos filhos. Seu filho cursa medicina, mas ele quer mesmo que ele seja jogador de futebol. Neste filme, Mazzaropi não interpreta o tão típico jeca. As confusões são provocadas, principalmente, pela sua paixão. Além disso, algumas cenas de jogos são reais, e atletas como Rivelino e Dino Sani aparecem na telona.

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“O Jeca e a freira” (1967)

Filme dirigido, produzido e estrelado por Mazzaropi, “O Jeca e a Freira” foi filmado em Taubaté e se passa no século 19, durante o período de escravidão no Brasil. Celeste é filha de Sigismundo (personagem de Mazza) e Floriana, casal de caipiras. Quem, desde cedo, cuida da criança é o latifundiário Pedro. Com a menina já crescida, voltando do colégio acompanhada de uma freira, Pedro deixa claro que não tem intenção nenhuma de revelar a verdadeira origem de Celeste e que, para manter o segredo, até mataria. Os dois não aceitam e decidem enfrentar a decisão do poderoso, com ajuda da família e de outras figuras importantes da área.

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“O grande xerife” (1972)

“O grande xerife” foi escrito por Pio Zamuner, com roteiro e produção de Mazzaropi. Inácio Pororoca é um pacato chefe da agência de correios da cidade de Véu do Céu. Sua função principal é tomar conta da vida alheia. O povoado é alvo de ataques da quadrilha comandada por João Bigode, que acaba por matar o xerife da cidade. Quem assume o lugar é Inácio. Apesar da zombaria, tanto da população quanto das autoridades, ele leva a sério sua função. O que quer mesmo é desvendar quem, afinal, seria o misterioso João Bigode, para acabar com a rotineira invasão na cidade. E é exatamente por causa de suas trapalhadas e falta de jeito que ele desmascara o criminoso. O filme, uma comédia inspirada nas aventuras de faroeste, é também considerado um de seus melhores.

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