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Quando o carro ‘vira barco’

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São Paulo (AE) – Nessa época de chuva, mesmo com muita tecnologia embarcada, com água na pista a possibilidade de o automóvel “virar barco” e derrapar na pista é grande. Por isso, é recomendável ter atenção aos itens que são fundamentais para evitar a aquaplanagem: os pneus. Por serem os pontos de contato entre o veículo e o solo, os pneus influenciam diretamente no comportamento dinâmico do carro.

O motorista deve ficar atento ao indicador de desgaste. Trata-se de um ressalto de borracha conhecido como TWI, que fica no sentido transversal da banda de rodagem. Ele tem 1,6 mm de altura, medida mínima permitida por lei para o uso do pneu. Quando esse ressalto alcança a superfície da banda de rodagem, é o momento de substituição do produto.

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Isso porque os sulcos dos pneus funcionam como canais de escoamento de água. Quanto menor esses canais, menor a capacidade de captar água. Nos pneus, o excesso tende a ficar entre o piso e a borracha, causando aquaplanagem. Assim, mesmo que o pneu não esteja liso, já é tecnicamente “careca” quando os sulcos têm 1,6 mm de profundidade.

É importante verificar a pressão dos pneus. Para isso, confira o valor indicado no manual do carro ou em algum ponto da carroceria (normalmente, há adesivo no batente da porta do motorista ou na tampa do tanque de combustível).

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Em caso de chuva, o ideal é reduzir a velocidade. Acima de 80 km/h, a possibilidade de aquaplanagem aumenta muito. Além de diminuir o ritmo, especialmente em curvas, aumente a distância para o veículo da frente, para ter mais tempo de reação caso algo aconteça com ele. Procure manter os pneus nos “trilhos” formados pelos veículos que vão à frente. Essa é a parte mais seca da pista, e portanto a mais segura. Caso esses “trilhos” diminuam, é sinal que há muita água no piso. Nesse caso, reduza ainda mais a velocidade.

O primeiro sintoma que o carro está perdendo contato com o solo é o aumento de giro do motor, por causa da redução de atrito entre a borracha e o solo. O segundo é a direção muito “leve”, pela mesma razão. Nesse caso, é preciso manter a calma, aliviar o pé do acelerador e não pisar no freio. Recomenda-se fazer leves movimentos no volante, para retomar o contato com o piso.

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