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Lista de opcionais deixa o modelo mais refinado e acentua sua vocação esportiva

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Com o passar dos anos, algumas categorias de veículos se subdividiram para tentar acertar com mais precisão o desejo do consumidor. E, claro, foi isso que aconteceu com o segmento de maior volume no mercado, que é o de hatches compactos. Há todo tipo de modelo: simplórios, racionais, esportivos e até de marcas de luxo. As versões mais sofisticadas, embora não cheguem a ter vendas muito expressivas, servem como “carro de imagem” da linha. É o caso do Punto T-Jet, que tem como trunfo o motor que esconde sob o capô. Trata-se, de fato, do carro turbo mais barato do Brasil.

O propulsor 1.4 turbo desenvolve 152cv a 5.500rpm e tem torque de 21,1kgfm entre 2.250 e 4.500 giros. Ele é importado da Itália e trabalha com o auxílio de uma turbina de 1,0 bar de pressão com intercooler e bebe apenas gasolina. O trem de força é completado pela transmissão manual de cinco marchas que equipa outras configurações do modelo. Com peso total de 1.263kg – em ordem de marcha -, o compacto acelera de zero a 100km/h em 8,3 segundos e atinge 203km/h, de acordo com a marca.

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O modelo conta ainda com três modos de condução, através do sistema batizado de DNA, para designar as opções “Dinâmico’, “Normal”

e “Autonomia”. O primeiro aumenta a sensibilidade do acelerador, o segundo deixa o mapeamento do motor inalterado e o terceiro é uma adaptação do que se usa na Europa para situações de neve. As respostas do propulsor se tornam mais lentas para evitar o destracionamento das rodas. No Brasil, a ideia é facilitar a redução de consumo de combustível.

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Esteticamente, o Punto mudou pouco desde que foi lançado no Brasil, em 2007. O modelo apenas passou por uma leve reestilização há três anos, em 2012. Nesse ponto, a versão T-Jet também se diferencia do resto da gama. Ele tem para-choques mais pronunciados, minissaias laterais, faixas com o nome da versão, pinças de freio vermelhas, escapamento duplo, lanternas traseiras em leds e rodas de liga leve maiores, com 17 polegadas. Por dentro, detalhes como as pedaleiras em alumínio, iluminação com efeito noturno e painel com pintura parcial na cor da carroceria chamam atenção.

O Punto T-Jet oferece bons equipamentos de série. Os itens de segurança são os essenciais airbags frontais e freios ABS, mas o modelo já sai de fábrica com “mimos” como o sistema de entretenimento Uconnect, do grupo FCA, que tem tela “touch” de cinco polegadas e é operado por comandos de voz. Ele conta com rádio, CD, MP3, entrada USB e Bluetooth com streaming de audia – função ausente no Blue&Me usado até a linha 2015. Há ainda piloto automático e sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico. A lista de opcionais deixa o modelo mais refinado e acentua sua estética esportiva, com itens como ar-condicionado digital, navegador com GPS, sensor de luminosidade e chuva, câmara de ré, airbags laterais e de cortina e teto solar panorâmico.

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A Fiat cobra pelo Punto T-Jet iniciais R$ 67.010. Mas essa conta pode chegar a R$ 81.258 com todos os opcionais disponíveis e pintura metálica. Entre os concorrentes não há um modelo que rivaliza diretamente com o Punto T-Jet em relação a conteúdo e potência. Versões de topo de hatches mais sofisticados, como Peugeot 208 Griffe, Ford Fiesta Sport e Citroën C3 Exclusive, custam menos que R$ 60 mil. Entre importados, o Suzuki Swift Sport é o que fica mais próximo: custa em torno de R$ 75 mil e tem 142 cv. Dentro da gama, a versão T-Jet responde por 3% das vendas do Punto – entre 40 e 50 unidades das 1.435 vendas médias mensais de 2015. Para quem valoriza a esportividade, o Punto T-Jet ainda se mantém sedutor.

Personalidade agitada

Aestética das versões esportivas, mesmo quando aparece de maneira mais contida, costuma dar mais personalidade aos modelos. No Fiat Punto T-Jet, os para-choques com discretas entradas de ar dão o toque “agressivo” no design, tanto na traseira quanto na dianteira.

O aspecto dinâmico ainda se reforça na traseira com o escapamento duplo e se mantém na cabine, com bancos revestidos em couro e costura aparente, o teto solar opcional da versão testada e o câmbio manual de cinco marchas. Há até um aplique de plástico emborrachado pintado na cor da carroceria. O volante tem excelente pegada e os pedais em alumínio de série aliam charme e esportividade.

Mas toda a “raiva” do hatch compacto fica explícita de fato ao dar a partida no motor 1.4 turbo de 152cv. O propulsor move os 1.263kg do carro – em ordem de marcha – com extrema competência. Só as saídas se mostram ligeiramente prejudicadas pelo torque máximo de 21,1kgfm, que só aparece em sua totalidade a partir de 2.250rpm. O zero a 100km/h é feito em 8,3 segundos e é possível ultrapassar os 200km/h no Punto T-Jet. Mas não tanto – o limite é 203km/h.

Para instigar ainda mais o condutor, o computador de bordo exibe um marcador digital que mostra em quanto está a pressão do turbo. Já a seleção Autonomia ameniza um pouco do comportamento raivoso e prioriza a economia de combustível e, com isso, a redução de emissões de poluentes no meio ambiente – características que provavelmente não preocupam quem opta por este tipo de versão.

O Punto T-Jet não conta com controle eletrônico de estabilidade, item comum nas configurações esportivas e turbinadas atualmente. Mas o modelo é bastante equilibrado nas curvas e se mostra com boa aderência, mantendo as rodas fincadas ao chão. A impressão que se tem é de estar sempre seguro. E se o motorista mantiver um comportamento pacato e não pesar o pé direito, pode até se sentir na direção de um Punto mais manso.

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