Foi no final de 2015 que a Suzuki começou a vender no Hemisfério Norte o Vitara. O modelo, construído sobre uma nova plataforma, passou a ser mais moderno, mais equipado e adaptado às novas realidades do mercado de crossovers. Porém, a adoção de um pequeno motor 1.6 litro de 118 cavalos aspirado foi alvo de críticas. Agora, como solução, a marca nipônica lançou um novo motor 1.4 litro turbo – um trem de força que promete contornar as críticas e reacender o prazer de condução do modelo.
Por fora, a versão turbo do Vitara se distingue do resto da gama pela grade esportiva cromada, luzes diurnas em leds, faróis com moldura em vermelho e rodas de 17 polegadas de cor preta. Há ainda retrovisores na cor prata e acabamentos no interior que dão um ar mais esportivo – como pedais em alumínio e detalhes vermelhos no volante, por exemplo. A Suzuki permite também a personalização do modelo através da combinação de dois tons de cores na carroceria.
Já por dentro, o habitáculo do Vitara se revela bem construído. Com materiais de acabamento de bom gosto – mas não luxuosos -, o interior mescla plásticos de boa qualidade com outros de aspecto mais duro. Assim como no Vitara aspirado, a habitabilidade é boa para quatro adultos. Até tem capacidade para um quinto passageiro, mas o espaço reduzido pode ocasionar aperto principalmente na altura dos ombros – três crianças viajam bem atrás.
A base do Vitara é a mesma do S-Cross. O modelo tem 4,17 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,61 m de altura e 2,5 m de entre-eixos. O crossover oferece ângulos de aproximação de 18,2º de frente; 28,2º de saída; e 17,7º de ventral – números que garantem boas condições para uma condução off-road. Verdadeiramente novo na versão turbo Vitara é mesmo o trem de força BoosterJet de quatro cilindros. O propulsor de 1.4 litro turboalimentado e com injeção direta de combustível entrega uma potência de 138 cv e tem torque de 22,43 kgfm entre 1.500 e 4 mil rpm. A transmissão pode ser manual ou automática de seis velocidades.
Todas as versões do Vitara com motor turbo têm o pacote de equipamentos GLX, que inclui seis airbags, freios ABS com EBD, controle de tração e estabilidade, tapeçaria em couro, sistema de partida sem chave com botão “start”, sensores dianteiros e traseiros para estacionamento com câmara de ré, e sistema de entretenimento com tela tátil de sete polegadas com bluetooth e compatibilidade com as tecnologias Android Auto e Apple Car Play. No Brasil, o modelo é vendido em duas versões, ambas com o motor 1.6 aspirado: parte dos R$ 107.990 na versão automática e tração dianteira, e chega aos R$ 112.990, automática com tração integral.
Primeiras impressões
Graças à adoção do motor turbo, o Vitara assumiu um comportamento totalmente diferente do resto da gama. A crítica era por conta da falta de torque e lentidão das reações do motor 1.6 aspirado. Com o motor turboalimentado, o problema parece ter sido resolvido, já que o abundante torque de 22,43 kgfm fica disponível logo nas 1.500 rotações. O consumo também vai bem: fica na casa dos 11 km/l.
A caixa de transmissão automática ajuda no bom desempenho e consumo do carro. O comportamento das trocas depende da urgência do condutor: se o motorista precisar correr um pouco mais, o regime de troca demorará mais para acontecer. Mas, se a viagem for mais relaxada, as trocas ocorrerão rapidamente até chegar à sexta marcha.