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O toque que faltava

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Lançada em agosto no Brasil, nova geração põe o Ka como quarto automóvel mais vendido no país no período

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Poucos automóveis caem na graça do consumidor brasileiro logo de cara. Chevrolet Onix e Hyundai HB20 são os dois exemplos mais recentes, de 2012. Esse ano, a Ford entrou para esse clube de “arrasa-quarteirão” com o Ka. Em um curto espaço de tempo, o hatch conseguiu um êxito impressionante. Lançada em agosto no Brasil, a nova geração do compacto vem em um crescente. No primeiro mês cheio de vendas registrou mais de sete mil emplacamentos. Em setembro, foram 9.603 unidades. E os 10.748 modelos comercializados em novembro o colocaram como quarto automóvel mais vendido no país no período. Essa progressão indica que as previsões da Ford no lançamento, de atingir 12 mil unidades/mês, estavam bem calculadas. A recém-chegada motorização 1.5 litro, no entanto, não foi pensada para ser uma versão de alto volume de vendas. Sua função é ajudar a consolidar a impressão positiva que o compacto do Ford já angariou. Mas, além disso, também pode ser exatamente o modelo que faltava para que a tal profecia de lançamento se concretize.

Mecanicamente, a versão “top” do Ka ganhou recentemente a companhia do motor 1.5 litro. Proveniente da família Sigma e já presente na gama do Fiesta, o propulsor bicombustível tem bloco de alumínio, duplo comando no cabeçote e oferece 105cv e 14,6kgfm de torque com gasolina no tanque. Com etanol, os números sobem para 110cv e 14,9kgfm de torque. A transmissão é sempre manual de cinco velocidades.

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Na versão SEL, a motorização mais potente da linha vem acompanhada por uma lista de equipamentos de série à altura do posto de topo de gama e que em parte justificam o preço de R$ 44.990. Chamam atenção, principalmente, os itens de segurança. Os controles eletrônicos de tração e estabilidade e o assistente de partida em rampa vêm de fábrica nessa versão. Entre as “comodidades”, o Ka 1.5 SEL vem com o “básico”. Estão lá ar-condicionado, vidros elétricos, computador de bordo e volante com regulagem de altura e o systema Sync com comandos por voz, Bluetooth e entradas USB/AUX. Há até assistente de emergência, que liga sozinho para o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU – em caso de acidentes graves.

Ficou de fora o sistema integrado de navegação. Além disso, itens simples – e cada vez mais comuns no segmento ­- contraditoriamente estão ausentes. Caso de retrovisores com ajustes elétricos, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré e sensor de ponto cego estão de fora. Mas estes podem ser adquiridos e instalados como acessórios nas concessionárias. Na verdade, é uma forma de a Ford ajudar na sobrevivência de sua rede.

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