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Cruze topo de linha sai das concessionárias por R$ 89.150 (Divulgação)

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Enquanto a maior parte dos sedãs médios nacionais passou por renovações profundas no Brasil recentemente, a Chevrolet caminha na contramão dessa tendência. A primeira geração do Cruze surgiu por aqui em 2011, três anos depois de seu lançamento global. E agora, enquanto lá fora ganhou uma nova geração, no Brasil recebeu uma discretíssima reestilização na linha 2015. Esse descompasso vai abreviar a vida no Cruze nacional. O Cruze de segunda geração já deve desembarcar em território nacional a partir de 2016, quando passará a ser feito na Argentina. Por enquanto, o modelo se vale de suas boas qualidades para se destacar – atualmente, é o quarto sedã médio mais vendido, atrás apenas dos modelos de marcas japonesas, Toyota Corolla, Honda Civic e Nissan Sentra. E a topo LTZ cumpre bem o papel de vitrine tecnológica e expressa a principal vocação do modelo: a de um exemplar carro familiar.

É claro o Cruze não tem vida fácil, mas na versão LTZ já conta com tecnologias que só agora chegaram nos rivais, caso dos controles eletrônicos de estabilidade e tração. E a lista de equipamentos é farta, incluindo central multimídia com tela de 7 polegadas com GPS e câmera de ré, piloto automático, chave presencial – que possibilita o acesso ao veículo e a partida do motor através do simples toque de um botão – e sensores crepuscular e de chuva. Mas tamanho conforto e aparatos eletrônicos são muito bem cobrados. Para adquirir um Cruze topo de linha, é preciso gastar R$ 89.150.

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O valor é alto, principalmente quando se analisa seu trem de força. O motor 1.8 de 144cv e 18,9kgfm é um dos mais modestos da categoria. Apesar disso, já traz tecnologias interessantes, como tempo de abertura de válvulas e geometria do coletor de admissão variáveis. A transmissão é automática de seis velocidades – aí, sim, um diferencial no segmento, recheado de pouco instigantes câmbios CVT.

O fato de existir uma nova geração do Cruze próxima de aparecer no Brasil tira do Cruze um pouco de seu poder de atração – considerando apenas os dois últimos meses, ficou em quinto lugar, atrás do Volkswagen Jetta. O mérito de o sedã médio da Chevrolet se manter no páreo mesmo sem grandes novidades é do conjunto, ainda bem nivelado com o da concorrência. E o lançamento de sua nova geração deve reservar um momento melhor para o modelo – que é o mais vendido da marca atualmente no mundo, com mais de três milhões de unidades emplacadas em sete anos, nos 118 países em que é comercializado.

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