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Conheça a terceira geração do Porsche Cayenne

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A história do Porsche Cayenne poderia render um bom livro. O modelo, que surgiu em 2002, causou uma verdadeira revolução no line up da marca alemã e desgostou os fãs mais puristas da fabricante. Era como uma espécie de traição às origens para conquistar uma fatia maior de mercado em um segmento que, na época, já dava sinais de que viveria tempos de glória no futuro. A Porsche mesmo se contrariou ao negar motores movidos com diesel e, em 2009, lançá-lo majestosamente no Cayenne. E também quando afirmou que o carro seria seu único SUV e, em 2011, anunciou formalmente o Macan, apresentado em 2013 e lançado em 2014. Como se vê, o Cayenne poderia render um belo estudo de caso. Depois de 16 anos de vida, mais de 800 mil unidades foram comercializadas, um número sem precedentes para uma marca de nicho como a Porsche. A terceira geração do modelo, revelada no ano passado, chegará ao Brasil no segundo semestre deste ano.

No final do ciclo de segunda geração, a Porsche tinha até nove versões do Cayenne – desde a de entrada, com o motor a gasolina V6, até a sofisticada SE Hybrid. Agora, com a chegada da terceira geração, tudo volta à ordem em que começou sua história, com Cayenne, Cayenne S e Cayenne Turbo. Pelo menos por enquanto. O carro é construído sobre a plataforma modular para motores longitudinais MLB, do Grupo Volkswagen, cujos componentes são compartilhados com outros imponentes SUVs do grupo, caso do Volkswagen Touareg, do Audi Q7, do Bentley Bentayga e do Lamborghini Urus, entre outros.

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Apesar de crescer em tamanho (6,3 cm) e adotar muitos novos sistemas, o novo Cayenne conseguiu “emagrecer” entre 55 e 65 kg, graças ao uso abundante de alumínio e aços de ultra alta resistência. Com isso, permaneceu logo abaixo da barreira de duas toneladas – são 1.960 kg na versão avaliada, a de entrada. As medidas são 4,92 metros de comprimento, os mesmos 2,89 m de entre-eixos, largura de 1,98 m – 2,3 cm a mais – e altura de 1,70 m, ou seja, 1 cm mais baixo. Com estas novas dimensões, há uma silhueta mais agressiva e alinhada ao estilo do SUV Macan e, ao mesmo tempo, do cupê de quatro portas Panamera – apesar de seu formato maior.

Existem mesmo elementos de design comuns com o novo Panamera, como os faróis de led com luzes diurnas, os novos reforços no capô e as lanternas traseiras finas, ligadas entre si através de uma nova barra de luz. A ampla entrada de ar na frente é característica, assim como a cintura alta, a grande musculatura nos arcos das rodas e a fluidez da silhueta. Assim como na linha 911, a medição dos pneus dianteiros e traseiros não é idêntica: o Cayenne e o Cayenne S usam 255/55 R19 na frente e 275/50 R19 atrás, enquanto o Turbo recebe rodas de 21 polegadas.

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A configuração mais barata é equipada com um novo motor V6 3.0 litros que, graças ao uso de um turbocompressor, fornece 340 cv de potência e 45,9 kgfm de torque, este último presente já em 1.340 rpm. A variante Cayenne S usa um V6 2.9 litros biturbo que chega a 440 cv e 56,1 kgfm, entregues em 1.800 giros. Por último, o Cayenne Turbo ostenta um biturbo V8 4.0 litros de 550 cv e 78,5 kgfm, que se mostram presentes em 1.960 rpm. A transmissão é sempre automática de oito marchas, com tração integral.

Primeiras impressões

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Foto: Divulgação

Por dentro, o Cayenne guarda uma cabine muito espaçosa, com capacidade para quatro ocupantes viajarem com tranquilidade. Um quinto passageiro fica prejudicado porque, a exemplo do que acontece em vários modelos, a preocupação com o assento central traseiro é bem maior no que diz respeito aos comodismos, como as funcionalidades de suportes para copos e braços. De resto, não há problema de espaço em qualquer lugar, seja para as pernas, cabeça ou altura dos ombros. O porta-malas cresceu em 100 litros, oferecendo agora 770 litros de capacidade, expansível até 1.710 litros no caso de assentos rebaixados.

O design do painel é muito mais limpo e moderno do que no Cayenne anterior, mas não tão intuitivo. O sistema de multimídia parece demandar um curso para que se aprenda a manusear com exatidão o equipamento de uma maneira fluida. Encontrar o botão de volume do áudio já demanda uma verdadeira pesquisa no carro. Por outro lado, sua grande tela sensível ao toque, com 12,3 polegadas, oferece uma nitidez excelente e funciona com sensor de aproximação. Permite conexão total com Apple CarPlay e Android Auto, sistema de áudio e GPS, entre outras funções.

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A posição de dirigir é incrivelmente confortável, com visibilidade excelente para todos os lados e ajustes elétricos de volante e assento. Ao rodar, nota-se quão melhores os motores novos são em relação aos anteriores. Todos estão associados a uma transmissão automática de oito velocidades e a um sistema de tração integral com diferencial central de acoplamento eletrônico. Mesmo o propulsor de entrada, com seus 340 cv, é capaz de levar o Cayenne do zero aos 100 km/h em apenas 5,9 segundos e atingir velocidade máxima de 245 km/h.

Uma das principais novidades na direção é a incorporação do sistema 4D Chassis Control, um sistema de controle central que interliga todos os sistemas de chassi que trabalham no veículo. Ele analisa, de modo centralizado, a situação de direção em todas as três dimensões (acelerações longitudinal, transversal e vertical). A partir dos resultados, as informações otimizadas do estado de direção são calculadas e disponibilizadas para todos os sistemas relevantes. E é esta análise em tempo real que configura a tal quarta dimensão.

Foto: Divulgação
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