O desenho é um dos atributos mais subjetivos em um automóvel. Uns podem gostar, assim como outros podem detestar. Mas, no caso do Hyundai Santa Fe, os traços são simplesmente “soberbos”: não só se vê um design mais elegante e amplo, mas também nota-se uma clara proposta de atingir, através do visual, o público que está em alta nos dias atuais: as famílias mais jovens.
O conceito adotado na linguagem de desenho do Santa Fe é chamado de Escultura Fluída 2.0 — adotado na última geração do Tucson. A grade hexagonal do tipo cascata adquire uma nova disposição para reluzir de forma mais imponente. Acima dela, estende-se uma barra cromada que separa a frente do cofre do motor e une os grupos óticos, o que promove bom gosto ao conjunto. Atrás, o destaque vai para as lanternas em leds de dois níveis, barra cromada e um para-choque mais anguloso.
O novo Santa Fe cresceu de tamanho. Agora, tem 4,77 m de comprimento, 1,89 m de largura, 1,68 de altura e 2,76 m de entre-eixos. Comparado ao modelo anterior, ganhou 7 cm de comprimento, 6,5 cm de entre-eixos e 10 cm de largura, o que beneficiou o espaço interno. A engenharia não é inteiramente nova, já que se aproveita da mesma plataforma anterior, mas a fabricante alega que adotou na estrutura aços de alta resistência, o que por si só aumentou em 15% a rigidez torcional.
Por dentro, o desenho agrada e os acabamentos são bem feitos. O volante é multifuncional e os recursos são controlados também através da tela central de 8 polegadas com conectividade para Apple CarPlay e Android Auto. Os assentos têm ajuste elétrico e possibilidade de calefação e ventilação.
Nos mercados da América Latina, há duas opções de motor para o novo SUV médio-grande da Hyundai. O primeiro é o 2.4 litros de quatro cilindros de 172 cv de potência e 22,9 kgfm de torque, associado a uma transmissão automática de seis velocidades. Outra, um 2.2 litros turbodiesel, de 200 cv e 44,93 kgfm. Mas na linha há ainda outros dois motores a gasolina: 2.4 GDI de 185 cv e 2.0 Turbo de 232 cv. A tração pode ser frontal ou integral.
A tecnologia é bastante explorada no Santa Fe 2019. Uma função interessante é o assistente de desembarque seguro, que detecta se um carro vem pelo acostamento e bloqueia a abertura das portas traseiras a fim de evitar acidentes. Há ainda sensor de presença que indica se há alguém dentro do carro após o acionamento do alarme — recurso importante para famílias com bebês —, porta-malas elétrico, teto panorâmico, seis airbags, câmara com visão de 360 graus, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e aviso de ponto cego e tráfego cruzado.
No Brasil, o Santa Fe 2019 deve chegar ainda este ano para encarar concorrentes como Honda CR-V, Toyota RAV4, Jeep Compass e Chevrolet Equinox, todos em versões com 5 lugares. No caso de 7 passageiros, os rivais são Volkswagen Tiguan Allspace e Kia Sorento. O modelo 2018 é atualmente vendido nas concessionárias da Hyundai com preços que partem de R$ 196.702,13.
Primeiras impressões
Em cada geração que é lançada, independentemente do modelo, a Hyundai apresenta uma melhora evidente nos materiais e acabamentos. No Santa Fe, tudo é agradável ao tato e a estrutura se percebe bastante sólida, de modo que já não se percebem tantos ruídos “parasitas” que são quase parte do DNA dos carros da Hyundai. Os plásticos mesclam texturas e cores e as novas disposições de elementos que tornam o funcionamento mais intuitivo fazem parte da experiência a bordo do carro.
Os assentos são cômodos para viajar por muitas horas. O espaço entre as fileiras está bem melhor em relação ao modelo anterior. O acesso à terceira fileira de bancos também foi ajustado para oferecer mais comodidade. Os últimos assentos oferecem opção de regulagem de inclinação. Quando rebatida a última fileira, o porta-malas fica com 1.036 litros de capacidade para bagagens — 40 litros a mais que no Santa Fe anterior.