Com o isolamento social, a utilização dos automóveis diminuiu bastante. E, se carro parado requer atenção, a chegada do inverno exige ainda mais cuidados. Sob baixas temperaturas, a partida do motor, por exemplo, fica mais difícil, especialmente se a bateria não estiver em boas condições.
Com o passar do tempo, a bateria perde a capacidade de reter energia elétrica, mesmo em situações de uso normal. Com pouca utilização do carro, esse enfraquecimento se acelera. Além disso, no frio o óleo do motor fica mais denso, o que exige maior esforço para dar a partida. Se a bateria já não estava muito bem de saúde por causa da inatividade do veículo, pode não dar conta do recado.
A energia armazenada continua sendo consumida mesmo com o carro parado, por causa do funcionamento permanente de alarme e outros sistemas. Por isso, vale a recomendação de ligar o carro semanalmente. Para não forçar muito a bateria, em modelos com câmbio manual, uma dica simples é pisar na embreagem antes de acionar a ignição. Com isso, o esforço para a partida diminui.
O ideal é deixar o motor funcionando por cerca de 15 minutos, para que a energia da bateria seja restabelecida. Se o carro fica em garagem fechada, é recomendável sair com ele, para facilitar a dispersão dos gases. O funcionamento do automóvel, além de ajudar a carregar bateria, garante que os fluidos circulem por todo o motor. Durante esse processo, o ideal é manter desligados equipamentos que consomem energia, como faróis e som.
Ar-condicionado
Outro item que dever ser ligado por alguns minutos, para evitar ressecamento das mangueiras, é o sistema de ar-condicionado.
Aproveite a saída rápida para verificar a pressão dos pneus. Eles perdem pressão quando o veículo não é utilizado, e manter a calibragem correta evita deformação da borracha. A dica é colocar pressão máxima, recomendada para carro cheio (ocupantes e bagagem). Caso isso tenha de ser feito em posto de serviço, não se esqueça de higienizar as mãos com álcool em gel.
Verifique também o nível de combustível do tanque principal e do reservatório de partida auxiliar (se houver) e complete, se necessário. Sem gasolina no tanquinho, aí sim é que a partida estará comprometida.
Óleo
Atenção também para o óleo do motor. O lubrificante deve ser substituído obedecendo o limite de quilometragem ou de tempo (geralmente isso deve ser feito a cada 10 mil km rodados ou um ano, o que ocorrer primeiro). Com o veículo parado, é provável que a troca tenha de ser feita pelo prazo, mesmo que a quilometragem não tenha sido alcançada.
Aproveite o tempo de inatividade do veículo para verificar o estado de itens como palhetas de limpador de para brisa e espia (no caso de hatches), lâmpadas e filtros – especialmente o de cabine. Muitas dessas tarefas podem ser feitas em casa.
Nesses tempos de isolamento social, uma “aproximação maior” com o carro pode até funcionar como uma boa terapia. Para casos mais complexos, recorra uma oficina de sua confiança.
Como esse tipo de serviço é considerado essencial, os estabelecimentos continuam funcionando normalmente.