O Brasil é um mercado de grande importância para a Jeep. A FCA, dona da marca, investiu alto em publicidade quando lançou o Renegade por aqui – com produção nacional, na fábrica de Goiana, em Pernambuco –, ampliou a rede de concessionárias e fez o lançamento global do novo Compass no país. E talvez tenha sido justamente o próprio Compass a determinar a necessidade de mudança no Renegade, em menos de dois anos de vendas, para não perder tanto espaço e se prejudicar no line up da fabricante. Isso porque, já no primeiro mês de vendas do Compass, ele emplacou 3.708 unidades, apenas 290 a menos que o Renegade. Não surpreende que a Jeep tenha se antecipado e promovido alterações no motor 1.8 flex, responsável por cerca de 1/3 dos emplacamentos do Renegade. Caso da configuração de entrada Sport.
As evoluções no Renegade 1.8 flex que chegaram com a linha 2017 do SUV compacto englobam partida a frio sem tanque auxiliar, sistema Stop/Start, bomba de combustível inteligente e óleos de baixo atrito para motor e transmissão. As alterações no propulsor fizeram o trem de força ficar 5% mais potente, rendendo 7 cv a mais e 0,2 kgfm extras de torque. Agora a potência máxima é de 139 cv a 5.750 rpm, com etanol. O torque máximo subiu para 19,3 kgfm a 3.750 rpm. Com isso, a marca promete melhor desempenho, maior agilidade nas situações mais corriqueiras de trânsito, mais prazer ao dirigir e menores índices de consumo e de emissões – até 10% a menos, dependendo da versão.
Outro importante recurso que todo Renegade com o motor 1.8 Evo recebeu foi o modo de condução Sport. Acionando esse botão no painel, logo acima dos comandos do ar-condicionado, o carro não apenas apresenta uma sensação maior de prontidão, como realmente entrega mais desempenho. O acelerador fica mais direto e, nas versões com câmbio automático de seis marchas, o ajuste é focado em performance, demorando mais para trocar as marchas, entre outras medidas.
O Renegade Sport 1.8 sai de fábrica bem equipado. As rodas são de liga leve em 16 polegadas e há ar-condicionado, controle de cruzeiro, direção elétrica, sensor de estacionamento traseiro, freio de estacionamento elétrico, rádio com USB e Bluetooth, retrovisores, vidros e travas elétricos e alarme, além de diversos outros “mimos”. Controle de estabilidade e de tração, sistema anticapotamento, assistente de partida em rampas, alerta de limite de velocidade e de manutenção programada, Isofix para fixação de assentos infantis, limitador de velocidade e luz diurna garantem a segurança. Uma relação que mostra que o Renegade, apesar da imagem de fora de estrada que a marca carrega, ainda pode ser encarado como opção para quem busca um veículo urbano de porte familiar, sem abrir mão do jeito aventureiro de ser.