O Porsche 911 GT3 RS, lançado em 2015, trouxe uma pitada a mais de adrenalina na linha de superesportivos GT3 da marca. Com uma combinação de materiais de carbono para a redução de peso e a boa aerodinâmica, conseguida através do aerofólio e das entradas de ar nos arcos das caixas de roda para melhorar o fluxo de ar quente proveniente dos freios, o superesportivo ganhou mais desempenho e garante uma direção nervosa nas pistas. Mas também sabe se comportar nas ruas.
O cupê até tem uma aparência similar à do 911 GT3. Mas as diferenças são consideráveis. Os vidros laterais e traseiros foram substituídos por material de policarbonato e o teto, feito de magnésio, pesa 30% menos em relação ao alumínio. Esse “emagrecimento” pôde ser aproveitado pelos engenheiros da Porsche para aumentar o tamanho dos pneus e rodas traseiros para 21 polegadas. Isso deixou o GT3 RS 7,2 cm mais largo que o GT3, e 10 kg mais leve.
Outro detalhe que difere o 911 GT3 RS do 911 GT3 é o aerofólio que, apesar do tamanho exacerbado que compromete a estética, garante muitos quilos de downforce. Uma curiosidade é que, no mecanismo de abertura de portas, há a presença de uma tira de nylon, em vez dos típicos identificadores de plástico ou materiais compostos.
Por dentro, o superesportivo da Porsche não apresenta simplicidade e carência de requinte. Na maioria dos carros dessa classe, o interior costuma ser básico, o que não acontece no Porsche. A combinação de cores entre vermelho e laranja e os bancos feitos de fibra de carbono com couro e a completude do painel surpreendem.
O “powertrain” do Porsche GT3 RS garante uma boa dose de adrenalina. O modelo conta com um motor 4.0 litros boxer de seis cilindros, posicionado atrás do eixo traseiro, naturalmente aspirado e de injeção direta de combustível. Esse trem de força entrega ao eixo traseiro uma potência máxima de 500 cv e 47 kgfm de torque. A transmissão é de dupla embreagem de sete marchas.