A ideia de quebrar a imagem de um carro exclusivamente familiar e dar alguma emoção ao modelo se encaixa perfeitamente para definir a Chevrolet Spin Activ. O sucesso dos utilitários esportivos no mercado nacional fez com que as fabricantes aproveitassem automóveis de outras categorias para ganharem suas versões com estética fora de estrada. Não foi diferente com a Spin. Com média mensal de 1.835 unidades vendidas por mês em 2016, a variante Activ representa 20% dos emplacamentos da minivan. Na linha 2017, seu motor sofreu aperfeiçoamento e ganhou um pouco mais de potência e torque.
A Spin Activ ocupa o topo da gama da minivan lançada em 2013. A versão aventureira caracteriza-se principalmente pelos elementos decorativos na carroceria e pelos detalhes exclusivos da versão no interior. Na frente, o para-choque possui vincos pronunciados nas extremidades e aplique na parte inferior em tom fosco escuro. Faróis de neblina têm molduras em preto brilhante e os faróis ganham máscara negra e lentes transparentes. O perfil chama atenção pelas rodas de liga leve diamantadas de 16 polegadas, molduras de proteção nos para-lamas, soleira das portas e um largo decalque e barra longitudinal que se estendem sobre todo o teto. Na traseira, o destaque fica por conta do estepe fixado na tampa do porta-malas.
Por dentro, os bancos possuem desenho exclusivo, com estampa nas cores branca, cinza e preta e costuras aparentes. Uma moldura prateada no centro do painel envolve o sistema multimídia MyLink com tela de sete polegadas, de série na Activ. Além dele, itens como ar-condicionado, direção hidráulica, retrovisores e vidros elétricos e sensores de estacionamento traseiros saem de fábrica. A principal novidade do interior fica para o OnStar que passa a ser de série, sistema que é capaz de disponibilizar diversos serviços, como um pedido de socorro em caso de acidentes ou simplesmente a previsão do tempo do dia.
As poucas alterações da linha 2017 se concentram mesmo na parte mecânica. A principal delas, no motor 1.8, que passa a carregar o sobrenome SPE/4 e não mais EconoFlex. Houve redução de massa nos pistões e bielas, anéis de pistão de baixo atrito, novo coletor de admissão, módulo de gerenciamento do motor com maior capacidade de processamento e bobinas de ignição independentes para cada cilindro. Para fechar o pacote de mudanças, a taxa de compressão foi aumentada de 10,5:1 para 12,3:1. Essas mudanças fizeram com que a potência com etanol subisse dos 108cv a 5.400rpm para 111cv a 5.200rpm, enquanto o torque máximo passou de 17,1kgfm para 17,7kgfm, aos 2.600 rpm contra os 3.200 rpm anteriores. Com gasolina a potência segue com os 106cv a 5.200rpm, enquanto o torque subiu de 16,4kgfm para 16,8kgfm a 2.800rpm.
O conjunto de suspensão e os freios também foram alterados. Molas e amortecedores têm carga menor e a barra estabilizadora dianteira foi revista, na intenção de fazer o carro oscilar menos. Os freios a disco dianteiros também ficaram mais aerodinâmicos e com peso menor. A Spin agora é equipada com grade dianteira ativa. Ela abre ou fecha a entrada de ar do radiador em função da temperatura, velocidade e uso do ar condicionado. Assim, a Spin tem aerodinâmica 11% melhor. Por trás disso está o novo sistema de arrefecimento, mais eficiente e que trabalha em conjunto com o eletroventilador com velocidade continuamente variável. Já a direção deixa de ser hidráulica e passa a ser elétrica. O câmbio automático de seis marchas também foi atualizado para proporcionar trocas mais rápidas e suaves.
Com preço de R$ 71.690 quando pintada com cor metálica, a Spin aventureira só está disponibilizada na versão de cinco lugares e equipada com câmbio automático de seis marchas. Seu principal concorrente é o Citroën Aircross, que, quando tão equipado quanto – com exceção do GPS, ar condicionado digital e bancos parcialmente em couro, que são de série no francês -, custa R$ 76.380. Para quem quer um veículo com farto espaço interno e com aparência “off road”, a Spin Activ merece um olhar mais atento.