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Conheça detalhes do novo Ford Fiesta Titanium Plus

Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

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Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

A Ford sempre trabalhou o marketing da sexta geração do Ford Fiesta no Brasil posicionando-o em uma categoria de hatch superior. E não foi difícil conseguir isso, já que o modelo tinha mesmo itens de série que o diferenciavam diante dos concorrentes. Hoje, mesmo com a proliferação de algumas tecnologias entre os rivais, o recheio do modelo ainda se destaca. Principalmente quando se analisa sua nova configuração de topo, a Titanium Plus 1.6. Não chega a ter o trem de força mais instigante – o 1.0 turbinado EcoBoost está restrito à versão SEL Style EcoBoost –, mas ela carrega itens que normalmente são mais comuns em categorias superiores e ajuda dar fôlego ao modelo, que no início de 2017 ganhou uma sétima geração na Europa, sem previsão de chegar muito em breve por aqui. Para o mercado brasileiro, sobrou um sutil face-lift promovido em novembro último, em sua linha 2018.

Externamente, foi mesmo a variante Titanium a que mais mudou com a reestilização. Grade e para-choques novos aparecem, sendo que a grade, agora côncava, ostenta uma trama hexagonal com pequenos “rebites” nas interseções em tom cromado. Uma nova saia dianteira e moldura também cromada no nicho do farol de neblina complementam essas alterações. E, quando o modelo está ligado, luzes diurnas em led brilham no Fiesta Titanium Plus, que também ganhou iluminação parcialmente em leds nas lanternas traseiras.

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Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

De acordo com a Ford, amortecedores foram trocados para melhorar o conforto de rodagem e a carroceria recebeu reforço nas colunas centrais, no intuito de suportar melhor impactos laterais. Outro ponto mexido foi o câmbio automatizado de dupla embreagem e seis velocidades, que teve retentores e materiais de embreagem trocados e passou por uma reconfiguração dos módulos de controle. Os bancos têm nova espuma – e revestimento em couro – e a variante mais cara da linha também adotou o Sync 3, versão mais moderna da central multimídia utilizada pela Ford.

O novo sistema de entretenimento do Titanium talvez seja a maior mudança interna dessa linha 2018. Primeiro porque sua tela de 6,5 polegadas obrigou a marca a redesenhar o console central. Mas também porque o equipamento evoluiu demais no modelo, contando agora com GPS, Android Auto e Apple CarPlay e até conexão à internet. Ele também exibe as imagens da câmara de ré. O pacote Plus, que adiciona R$ 4 mil à conta do Fiesta Titanium, ainda eleva o número de airbags para sete, inclui travas e partida com chave presencial, sensor de luz e chuva e retrovisor eletrocrômico. O preço, no entanto, não é dos mais convidativos: R$ 75.190.

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Primeiras impressões

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As mudanças apresentadas para o Ford Fiesta Titanium em sua linha 2018 não são fáceis de reparar. Foram poucas alterações, bem pontuais, e a principal delas é a presença de detalhes cromados na grade frontal, além de um novo para-choque. Está certo que seu visual está longe de ser incômodo, mas o modelo é esvaziado pela certeza de que o fim desta geração no Brasil não deve demorar – se seguir a lógica, a nova chega no final de 2019.

Em relação ao conteúdo do carro, a história é outra. A variante mais cara do Fiesta traz confortos que chamam atenção, como a chave presencial que permite a entrada no veículo e a partida do motor pelo toque de botões e também a nova central multimídia Sync 3, que tem GPS, compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay e até roteia a internet, via conexão wireless. Além disso, itens de segurança como os sete airbags e controles eletrônicos de tração e estabilidade estão presentes, assim como bancos revestidos em couro e sensores de luz e chuva.

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Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

O acabamento decepciona, já que os plásticos rígidos imperam no interior. O toque não é suave em boa parte da área e não há uma preocupação com qualquer traço de requinte. Nada disso condiz com a faixa de preço em que o modelo atua e muito menos com os rivais mais novos, que se diferenciam nesse aspecto – como o Fiat Argo e o Volkswagen Polo. Em compensação, é bem fácil se adaptar à cabine, já que os comandos ficam em locais corretos e os ajustes de banco e volante facilitam a vida do condutor, garantindo boa posição de direção.

O motor Sigma 1.6 até tem números que chamam atenção em sua ficha técnica: 128 cv máximos e 16 kgfm de torque. Mas este último chega apenas em 5 mil rpm, o que se traduz em uma arrancada correta e faz com que qualquer retomada ou ultrapassagem dependa de fazer o propulsor gritar um pouco para elevar o giro. O câmbio automatizado de dupla embreagem passou por uma reengenharia e agora apresenta maior suavidade nas mudanças. Porém, é perceptível a demora na hora de responder às solicitações do motorista, como reduções de marcha instigadas por uma pisada mais firme no acelerador. Entre a diversão e a economia, a Ford optou pela segunda.

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Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

 

Ponto a ponto

Desempenho – O motor 1.6 do Fiesta Titanium não impressiona, mas também não decepciona. São 128 cv máximos de potência e 16 kgfm de torque, quando abastecido com etanol. Mas esse torque aparece plenamente apenas nos 5 mil giros, ou seja, bem tarde. O próprio zero a 100 km/h em 12,1 segundos já mostra que a esportividade não chega a ser um trunfo para a versão de topo. A transmissão automatizada de dupla embreagem demora um pouco para reagir e, na maioria das vezes, deixa o desempenho em segundo plano e prioriza a redução no consumo, o que deixa o modelo sem ânimo. Nota 7.

Estabilidade – O Fiesta 1.6 se sai bem nas curvas. A suspensão é bem ajustada e, mesmo em velocidades mais altas, passa a sensação ao condutor de estar com o carro sempre à mão. Há ainda aparatos eletrônicos para ampliar a segurança, como controle de estabilidade e tração. De qualquer forma, apesar de ser a configuração mais cara, não está no motor 1.6 o lado mais enérgico do Fiesta e o condutor não se sente muito instigado a exceder os limites do modelo. Nota 8.

Interatividade – Todos os comandos do Fiesta são de fácil manuseio e bem localizados. A chave presencial é um diferencial da versão Titanium Plus e o sistema Sync mais recente tem boa tela e até se conecta à internet. Para trocas de marchas manuais do câmbio automatizado de dupla embreagem, porém, é preciso recorrer a botões na própria alavanca – algo entediante e que desestimula o motorista. Nota 8.

Consumo – O InMetro testou a versão Titanium 1.6 do Fiesta e aferiu médias de 7,8/10,3 km/l de etanol na cidade/estrada e 11,2/14,9 km/l de gasolina nas mesmas condições. Este resultado proporcionou nota A na categoria e B no geral, com consumo energético de 1,72 MJ/km. Nota 8.

Conforto – Apesar de se posicionar em um patamar superior no segmento, o Fiesta é um compacto. E isso se traduz no seu espaço interno. Os bancos possuem excelente densidade, principalmente para quem vai à frente. Por outro lado, a robustez dos assentos dianteiros diminui a área disponível para os ocupantes de trás. Quatro pessoas de estatura mediana viajam sem grandes apertos, mas não sobra muito espaço para as pernas atrás. Nota 7.

Tecnologia – O Fiesta Titanium Plus 1.6 tem motor que não é tão novo, mas sua potência está entre as melhores nesta litragem no Brasil. O câmbio automatizado de dupla embreagem passou por algumas melhorias e o sistema multimídia é o mais moderno disponibilizado pela marca atualmente no país. Itens como sete airbags, controle de estabilidade e tração e chave presencial estão entre os oferecidos na configuração, um recheio que se destaca diante dos rivais. Mas vale lembrar que esta sexta geração do modelo já está meio cansada: foi lançada em 2008 na Europa e chegou ao Brasil em 2010. O Fiesta 7 já circula lá fora desde o início de 2017. Nota 7.

Habitabilidade – Não há muitos porta-objetos, mas, os poucos existentes estão bem localizados e atendem razoavelmente às necessidades dos passageiros. A visibilidade é boa na dianteira, mas atrás fica um tanto prejudicada pelo vidro traseiro reduzido. O porta-malas carrega razoáveis 281 litros. Nota 7.

Acabamento – Apesar da faixa de preço em que atua, o Ford Fiesta Titanium Plus 1.6 não impressiona nesse aspecto. Há plásticos por toda a parte, embora os materiais aparentem ser de boa qualidade. O console central foi redesenhado, em função da mudança na central multimídia, mas pouco se alterou em relação ao anterior. Nota 6.

Design – Poucas foram as alterações na linha 2018. O face-lift englobou grade e para-choques novos, sendo a primeira côncava. Na configuração de topo, alguns detalhes cromados entram na grade, adicionando algum charme à dianteira. Faróis de neblina têm moldura cromada e os faróis da variante de topo recebem luzes diurnas em led – tecnologia presente ainda na lanterna traseira. De qualquer forma, apesar de já ser um projeto datado, o desenho do carro ainda chama atenção. Nota 8.

Custo/benefício – A Ford cobra R$ 75.190 pelo Fiesta Titanium Plus 1.6. Seu preço é acima do que se pede por rivais com projetos mais novos, como o Fiat Argo e o Volkswagen Polo. O hatch da marca alemã, por exemplo, na versão de topo Highline 200 TSI, traz motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas – um trem de força bem mais eficiente e interessante – e custa R$ 73.290 completo. Nota 6.

Total – O Ford Fiesta Titanium Plus 1.6 somou 72 pontos de 100.

 

Ficha técnica

Ford Fiesta Titanium Plus 1.6

Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.597 cm³, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica de combustível.

Potência máxima: 128 cv com etanol e 125 cv com gasolina a 6.500 rpm.

Aceleração 0-100 km/h: 12,3 segundos com gasolina e 12,1 segundos com etanol.

Velocidade máxima: 190 km/h.

Torque máximo: 16 kgfm a 5 mil rpm com etanol e 15,8 kgfm com gasolina a 4.250 rpm.

Transmissão: Automatizada de dupla embreagem com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira com eixo de torção autoestabilizante de torção. Controle eletrônico de estabilidade.

Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,96 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,46 m de altura e 2,48 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, laterais, de cabeça e de joelhos para motorista.

Freios: Discos ventilados na frente e a tambor atrás com ABS e assistente de partida em rampa.

Pneus: 195/50 R16.

Capacidade porta-malas: 281 litros.

Capacidade tanque de combustível: 51,9 litros.

Produção: São Bernardo do Campo/SP.

Itens de série: Acendimento automático dos faróis, ajuste de altura do banco do motorista, ajuste de altura e profundidade do volante, alarme perimétrico e volumétrico, ar-condicionado digital, assistente de partida em rampa, banco traseiro bipartido, bancos revestidos em couro, câmara de ré, chave presencial programável, computador de bordo, direção elétrica, espelho retrovisor eletrocrômico, espelhos retrovisores elétricos com luz indicadora de direção, faróis com luzes diurnas de led, faróis de neblina dianteiros, Isofix, lanterna parcial em leds, controle de velocidade de cruzeiro, rodas de liga leve de 16 polegadas, sensor de chuva, sensor de estacionamento traseiro, central multimídia com tela capacitiva de 6,5 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto e GPS, trava elétrica das portas com controle remoto, vidros elétricos dianteiros e traseiros.

Preço: R$ 75.190.

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