A virada dos anos 1980 para os 1990 marcou o ápice da Honda no automobilismo. A McLaren, movida com os propulsores Honda fazia a festa dos fãs. Um brasileiro, em especial, era um dos responsáveis por isso. A ideia de projetar um supercarro japonês teve o auxílio de Ayrton Senna, que ajudou no final do projeto, principalmente na parte dinâmica. Ao reunir engenharia, tecnologia de ponta e alta qualidade de construção, a Honda colocou nas ruas o NSX, um esportivo de dois lugares, motor central-traseiro e produzido de forma quase artesanal pela marca japonesa. Senna foi o responsável pelo acerto dinâmico do carro, um de seus pontos principais. 26 anos depois, o NSX retorna para as ruas. No entanto, o modelo avançou no tempo e agora utiliza um trem de força híbrido, conjunto que tem se tornado popular em carros desse segmento.
O salto na potência é enorme. A primeira geração do NSX usava um V6 de 3 litros que rendia 274 cv. O NSX 2017 utiliza um V6 biturbo com injeção direta e cárter seco que gera 507cv entre 6.500 e 7.500 rpm e torque de 56,1 kgfm. Ainda há um motor elétrico em cada roda que geram, juntos 73cv e 14,9 kgfm, e um traseiro com 47cv e 15,1 kgfm. Quando combinados, a potência total é de 580cv e 65kgfm. O câmbio é de dupla embreagem e nove marchas. O motor a gasolina impulsiona as rodas traseiras, enquanto o elétrico dianteiro trabalha para simular tração integral. O interior segue à risca a proposta do esportivo. Dois bancos acomodam motorista e o passageiro de maneira imersiva. Controles se dividem entre o console central, que abriga uma tela, e os aros do volante quase oval, reto na base. O acabamento é recheado de materiais como couro e alumínio.
A primeira unidade de produção da nova geração foi leiloada pelo equivalente a R$ 4,1 milhões – US$ 1,2 milhão. Nas lojas, custa a partir de R$ 570 mil – e, quando equipado com todos os opcionais, pode chegar a R$ 691 mil. Por conta desse preço elevado, não há previsão de vendas do modelo no Brasil.