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Estudantes usam engenharia para transformação social

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Fernanda Deister Moreira e Rafael Macedo de Oliveira trabalham em aquecedor solar feito com material reciclável (Foto: Fernando Priamo)

Fazer da engenharia um meio de transformação social é a missão da organização internacional Engenheiros Sem Fronteiras. Em Juiz de Fora, a equipe que integra o projeto tem se dedicado à criação de um aquecedor solar feito com material reciclável. O equipamento será capaz de usar o calor do sol para aquecer a água do chuveiro e contribuir para a economia da conta de luz. Se a ideia de construir um equipamento sustentável que aproveita recursos naturais para gerar energia limpa já se mostrava um trabalho bastante positivo, os universitários decidiram melhorar o que era bom: o aquecedor será doado para uma instituição beneficente.

Estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e assessor de projetos do Engenheiros Sem Fronteiras em Juiz de Fora, Rafael Macedo conta que a ideia de construir o equipamento surgiu por meio de troca de ideias com as equipes do Engenheiros Sem Fronteiras Brasil. “Outras unidades da organização confeccionaram o aquecedor em algumas cidades do país e disponibilizaram os manuais.”

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Ele explica que a realização passa por três etapas, sendo a primeira delas a arrecadação de garrafas PET, caixas de leite e o material para tubulação; em seguida, a confecção e montagem; e, por último, a instalação na rede hidráulica. “O nosso projeto está na etapa de confecção. O material foi coletado, as garrafas PET e as caixas de leite foram modeladas de maneira adequada, e a tubulação por onde a água será aquecida foi cortada.” Segundo Rafael, a expectativa é que o equipamento fique pronto no próximo mês. “O aquecedor será doado com certeza, mas ainda não sabemos para quem, e estamos à procura de um possível beneficiário.”

Para a construção do aquecedor, a equipe recolheu o material reciclável e teve o patrocínio da empresa Eletro Guimarães, que doou os tubos, conexões e tampões de PVC, além da cola para tubos e fita de auto fusão. “Para cada unidade que aquece água suficiente para uma pessoa são necessários 30 garrafas PET transparentes, 25 embalagens de caixa de leite, sete metros de tubo PVC, 20 conexões em T e dois tampões em PVC.”

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Inventor

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O modelo do equipamento foi desenvolvido pelo aposentado José Alcino Alano, morador da cidade de Tubarão, em Santa Catarina, e que registrou a ideia no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para garantir a finalidade social do aquecedor. Desde então, o projeto tem sido implantado por Organizações Não Governamentais (ONGs), universidades e empresas em instituições e casas de famílias de baixa renda.

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