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Pets amenizam efeitos do isolamento social

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Valentina e Manuela ganharam o maltês Bob logo no começo da pandemia, e agora já criaram até canal no Youtube para registrar suas aventuras (Foto: Fernando Priamo)

Lá se vai um ano de pandemia. Os casos de contágio do coronavírus não param de crescer. As aulas continuam acontecendo remotamente, e as crianças estão sem o contato tão importante com professores e colegas para aprendizagem e, sobretudo, recreação – fundamental para o desenvolvimento físico e mental. Para tentar, ao menos, minimizar os problemas que o isolamento social pode desencadear, muitos pais optaram por ter em casa um bichinho de animação, com quem os filhos podem brincar e se divertir.

Animais podem proporcionar muitos benefícios às crianças, inclusive na terapia. De acordo com a psicóloga Elisangela Pereira, os cães já nascem sabendo amar e, ao brincar, garantem espontaneidade e alegria que são fundamentais para lidar com momentos difíceis. “Na pet terapia, o animal pode facilitar o processo de expor os sentimentos. Por ser tão emocional, ensina muito como agir de uma maneira solta e leve, até para tirar gargalhada em um momento de dor.”

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Outra característica do cachorro é que ele é um amigo fiel, sente perfeitamente qual é o estado emocional daqueles com quem divide o espaço e, notando a necessidade, faz companhia em tempo integral, estando sempre presente.

Titinha, Manu e Bob: cúmplices

A gerente de hotel Polyana Barsante trabalha no turno da manhã e passa as tardes com Manuela, sua filha, de 4 anos, e Valentina, sua neta, de 5 anos. Sabendo que um cachorro poderia ajudar as crianças a enfrentarem o isolamento social, ela, mesmo em um apartamento, decidiu que seria o momento de ter um pet em casa. Aí veio o Bob, um maltês que chegou com 45 dias logo no começo da pandemia e já tem um ano de idade.

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“Dá muito trabalho, mas o benefício tem sido ótimo. Ele mordia os móveis, tive que ter muita paciência no começo, parece que são três crianças em casa, já que eles são bem agitados, mas vale a pena”, comenta Polyana. De acordo com ela, Bob se mostra preocupado quando uma chora, por exemplo: ele sente tudo o que acontece por lá e fica atento.

Apesar de todas as responsabilidades e o medo inicial, até para passear na rua por causa da pandemia, Polyana destaca que Bob é a alegria da casa e, ao mesmo tempo que diverte as meninas, acaba, também, se divertindo com elas. Os três juntos são cúmplices, e todas essas aventuras são registradas no canal delas no YouTube, Titinha e Manu, em que compartilham o seu dia a dia e esbanjam fofura.

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Brincadeira em tempo integral

Lucca Mazocoli, 9 anos, adotou o gatinho Pistache, que o acompanha nas aulas remotas (Foto: Arquivo pessoal)

Lucca, 9 anos, também mora em apartamento com sua irmã Elisabetta, 20, e sua mãe Cristiane Brasileiro. Mas ao contrário de Manuela e Valentina, ele não encontra outras criança desde o começo da pandemia. A família já tinha a pug Cacau há 5 anos, uma cachorrinha companheira, mas a alegria em casa foi redobrada depois que adotaram mais 3 gatinhos. “Mesmo com elas aqui (Cristiane e Elisabetta), eu posso me sentir sozinho, e os gatinhos me fazem muita companhia. Por isso eu fico mais feliz”, comenta Lucca.

Ele está tendo aula remotamente, assim como várias crianças, e ficar olhando para uma tela durante muito tempo, para alguém com 9 anos, pode ser bastante tedioso. Mas os gatinhos Diadorim, Banguela e Pistache ficam ao seu lado, sempre chamando para brincar, o que ameniza, e muito, esse sentimento.

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Morando sozinho e longe da família, Bruno Avelar, 23 anos, tem a companhia do gato Tapioca quando chega do trabalho (Foto: Arquivo pessoal)

Companheiro de todas as horas

Os pets também são boas companhias para quem mora em casa sozinho, como é Bruno Avelar, 23 anos. Longe da família e trabalhando fora de casa, ele sentia falta de algo para aliviar a solidão. Depois de pesquisar um pet que se adequasse a sua rotina, viu que um gato seria ideal, já que não exige tanto a sua presença e, ao mesmo tempo, pode ser um bom companheiro. Foi então que adotou o Tapioca.

“A gente passa por muita coisa, e ter um pet, alguém para compartilhar sentimentos – porque eu vejo que ele sente quando eu estou triste – faz total diferença, acaba deixando o dia mais leve”, ressalta Bruno, reconhecendo o trabalho e a grande responsabilidade, mas garante que quando a rotina do Tapioca entrou na dele tudo ficou mais fácil.

Assim como os tutores, os pets também precisam de companhia. Apesar do aumento de adoção de animais durante a pandemia, foi registrado também um maior número de abandonos. Os abrigos para animais estão lotados, segundo reportagem publicada na Tribuna no dia 16 de fevereiro, e esses bichinhos precisam, ainda mais, de tutores dispostos a compartilhar cuidado e afeto, de maneira consciente.

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