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Mudança em prazo de filiação atrasa acordos políticos

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A filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD não está sendo tratada apenas como uma opção para a terceira via, embora a postura e os discursos do presidente do Congresso apontem para esse caminho. Há nos bastidores a discussão sobre as ações do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, em tese, candidato ao governo de Minas pelo PSD. Ele sustenta uma luta aberta com setores da Câmara da capital e passa por um desgaste inédito nestes cinco anos de gestão. Se no primeiro mandato sua relação com o Legislativo foi pacífica, o mesmo não ocorre agora, estando em pauta até propostas de seu impeachment.

Se Kalil não emplacar, oposição a Zema tem que executar Plano B

Esse embate tem concentrado a atenção do prefeito para a questão doméstica, enquanto seus aliados cobram uma interação mais intensa com o interior do Estado, no qual ainda não é totalmente conhecido. Se Kalil não decolar, o Plano B seria buscar uma outra candidatura capaz de fazer frente ao governador Romeu Zema, cada vez mais desenvolto nas viagens pelo estado. O senador Carlos Viana não esconde a pretensão de ser esse candidato, mas, a despeito de ser um senador da República, os críticos consideram que ele ainda não acumulou apoio político para uma disputa tão dura. A opção seria, então, o senador Rodrigo Pacheco, já que a outra opção, o senador Antônio Anastasia, não tem a menor disposição em retornar ao Executivo.

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Concorrência também tem cenário indefinido de candidaturas

A indefinição afeta até mesmo o comportamento das demais legendas. O Partido dos Trabalhadores, pouco afeito a alianças nas quais não seja ele o cabeça de chapa, ainda não apresentou um nome. As lideranças com maior visibilidade preferem um mandato legislativo. Nem o ex-governador Fernando Pimentel tem essa pretensão. Numa recente e discreta passagem por Juiz de Fora, disse que vai disputar uma vaga na Câmara Federal. O nome mais provável, então, seria do deputado Reginaldo Lopes, mas este está de olho na única cadeira em disputa para o Senado. O deputado Patrus Ananias é outro que se mostra mais disposto a renovar o mandato do que enfrentar o governador Romeu Zema.

Tucanos dão prioridade às prévias marcadas para novembro

O PSDB, que já ocupou o Palácio com o deputado Aécio Neves, em dois mandatos, e o senador Antônio Anastasia, em um mandato e meio, está mais focado na prévia nacional, na qual apoia a candidatura à presidência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Os tucanos de Minas fazem parte da administração Romeu Zema e não apresentam disposição em ter um nome próprio para a disputa, embora o vice-governador de Minas, Paulo Brant, tenha voltado ao partido disposto a ser essa opção. Ao assinar sua ficha de filiação se colocou como um soldado do partido. Já o MDB tem discutido seu papel por meio de encontros, como o de sexta-feira, quando o seu presidente, Newton Cardoso Júnior visitou Juiz de Fora e municípios da Zona da Mata.

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