Líder em todas as intenções de votos apontadas pelas pesquisas para o Senado em Minas, o deputado Aécio Neves revelou que vai definir seu futuro nesta semana que começa, antes da convenção do PSDB prevista para o dia 5. Com a reeleição garantida, ele tem gostado dos números e da possibilidade de retornar ao Senado, pois abriria outros horizontes na política, como uma possível candidatura ao Governo em 2026. Se Aécio topar, a discussão vai ser intensa em torno do primeiro suplente, ante a perspectiva de assumir o mandato se ele for eleito para o comando do Estado.
Suplência é cargo cobiçado nas articulações dos partidos
A suplência é objeto de cobiça dos políticos, sobretudo quando há possibilidade de assumir o mandato. Na eleição de 1978, o empresário da região de Abaeté, Alfredo de Campos Mello surpreendeu os participantes da convenção do MDB ao se apresentar como candidato a primeiro suplente do deputado Tancredo Neves, que disputaria o Senado. Bem articulado, levou a indicação. Quatro anos depois, Tancredo venceu as eleições para o Governo de Minas e Alfredo virou senador.
Tancredo teve suplente e vices que assumiram seu mandato
Por ironia do destino, o outro suplente de Tancredo também foi beneficiado. No caso, o vice-governador Hélio Garcia. Tancredo se afastou do governo em 1984 para entrar na campanha pela presidência da República. Hélio virou governador. Ainda no ciclo histórico, o vice de Tancredo para a presidência, José Sarney, ocupou todo o mandato ante a morte do presidente eleito pelo Colégio Eleitoral.