Sem dinheiro
O deputado Isauro Calais está disposto a recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral – ou até mesmo ao TSE – para questionar o modelo de distribuição da verba de campanha. Sem recurso privado, o parlamentar argumenta que o financiamento público é para inglês ver, pois não vai chegar aos deputados estaduais. “É pura demagogia”, destacou. O deputado enfatiza que o dinheiro estabelecido para a campanha eleitoral seria mais bem empregado na saúde, na educação e na segurança, e não na política, na qual apenas alguns estão sendo beneficiados. De acordo com o parlamentar, o dinheiro só chega até os deputados federais. “O financiamento é só para Brasília, não existe para os estados. A lei deve servir para todos, e não da forma como está sendo utilizada.”
Transparência
Os partidos têm autonomia para distribuir a verba, mas Calais também questiona a prerrogativa dada aos presidentes dos partidos. “Teria que ser de forma mais transparente e de forma igual para todos.” O deputado reconhece que o jogo já está sendo jogado de acordo com as regras, mas sua reclamação junto à Justiça Eleitoral é para que haja justiça na distribuição dos recursos. Caso contrário, destaca, será uma eleição para beneficiar apenas os candidatos mais ricos.
Coligação
Mas o parlamentar tem outra preocupação: o MDB, seu partido, ainda não definiu coligações. Sem elas, o parlamentar considera um suicídio da legenda, que seria desidratada nas eleições de outubro. “Somos 13 deputados estaduais. Sem coligação, esse número cai pela metade, e vale o mesmo para a bancada federal, hoje com seis representantes. O MDB é um partido grande, no qual cabem várias lideranças, mas é preciso superar as brigas internas, pois, sem alianças, não haverá chances de repetir a performance que tivemos em 2014”, finalizou.
Volta à política
Fora do noticiário desde as eleições de 2014, quando perdeu a disputa para o Governo no primeiro turno para o candidato Fernando Pimentel, o ex-deputado Pimenta da Veiga volta ao jogo político. Ele fará parte do conselho político da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República. Ele até já participou da primeira reunião, em São Paulo, no apartamento do ministro Gilberto Kassab, com o próprio Alckmin e com o senador Marconi Perillo.