O prefeito Bruno Siqueira tirou a semana para articular pessoalmente, em Belo Horizonte, a reivindicação pelo repasse dos recursos do município que estão retidos no estado, oriundos de ICMS, IPVA e Fundeb. Estima-se que o prejuízo da cidade já supere a casa dos R$ 10 milhões. A situação chegou ao limite de comprometer o pagamento da folha de dezembro dos servidores municipais. Depois de quitar o 13º salário em parcela única no último dia 20, a Secretaria da Fazenda precisa do repasse do Governo do estado para completar o pagamento do funcionalismo. A expectativa é que o salário de dezembro seja pago nos primeiros dias de janeiro. Para tanto, conta com a quitação do Governo do estado em relação aos recursos que, por direito, são do município. A situação se repete em praticamente todos os municípios de Minas; alguns, inclusive, já acionam a Justiça para cobrar os repasses.
IPTU à vista
Com um rígido controle de despesas nos últimos anos, a Prefeitura já lançou medidas amplas de arrecadação, como a última anistia de tributos, que completou o pagamento da gratificação natalina. Já pensando no atraso do estado, também foi lançado o projeto de pagamento antecipado do IPTU à vista, com 11% de desconto, para fortalecer os cofres do município no início de janeiro e, assim, permitir o pagamento em dia dos servidores. Mas até mesmo essa ação só terá resultado após o dia 5 de janeiro, prazo final para o pagamento com desconto. Até lá, a Fazenda conta com a liberação dos recursos pelo estado, que – na semana passada – prometeu concretizá-la até o fim deste ano, ou seja, até esta sexta-feira (29).
Na Codemig
Outra questão discutida pelo prefeito em Belo Horizonte foi na Codemig. Em encontro com diretores da companhia, nessa quarta-feira, foram tratados recursos para a conclusão do Teatro Paschoal Carlos Magno e do viaduto do Tupinambás. Não se sabe se o prefeito terá tempo para discussões eleitorais, mas há especulação de que vai também se inteirar das discussões sobre as possíveis candidaturas do PMDB. Cotado em todas as listas como um dos prováveis nomes do partido para disputar uma das vagas no Senado, o prefeito tem sido discreto, enfatizando sempre que as questões sucessórias só devem sair do papel a partir de março. Até lá, são meras especulações.
Pelo fim do impasse
Dirigentes do PMDB de Juiz de Fora se reúnem nesta quinta-feira para tratar da agenda de 2018, destacadamente a campanha eleitoral. A meta é montar uma estratégia de cobrança ao comando estadual, hoje indefinido sobre alianças e candidaturas aos cargos majoritários de governador e senador. Alguns peemedebistas mais exaltados querem que o presidente do diretório estadual, Antônio Andrade, e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, se sentem à mesma mesa e resolvam o impasse, pois não faz sentido os diretórios municipais ficarem na dependência de um impasse quase pessoal entre as duas lideranças. Andrade quer a candidatura própria, e Adalclever defende a manutenção da aliança com o PT. Enquanto isso, os demais ficam engessados até mesmo em projetos regionais que não avançam enquanto não houver a definição da cúpula.