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Verdes negociam com outros partidos, mas sob pressão de candidatura própria

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Uma carta aberta, com vários signatários, alguns deles históricos nas políticas ambientais, mexe com os bastidores do Partido Verde. O texto prega candidatura própria e rejeita o debate polarizado que já se apresenta na cidade. O documento surge no mesmo momento em que lideranças do PV abrem conversações com a gestão Almas. O vereador José Márcio Garotinho conversou com o secretário de Governo, Ricardo Miranda, num encontro considerado de prospecção. Na outra margem, o vereador Kennedy Ribeiro continua apostando numa aliança com o Partido dos Trabalhadores, sendo ele um potencial candidato a vice na chapa da candidata Margarida Salomão.

Projeto de nome próprio não fecha porta para acordo com outras legendas

A carta-aberta vai na direção contrária. “Existe uma pré-candidatura que está pleiteando concorrer pelo Partido Verde à Prefeitura de Juiz de Fora nas próximas eleições ao final de 2020. Essa possibilidade foi idealizada e comunicada à direção do partido em dezembro de 2019 por um grupo de filiados, sendo que o nome sugerido para cabeça de chapa foi o do 2º vice-presidente da Comissão Provisória, Daniel Giotti, advogado, professor, procurador da Fazenda Nacional. Idealizamos uma pré-candidatura para mostrar claramente qual é o nosso posicionamento de fundo em relação à questão eleitoral majoritária deste ano: defendemos veementemente que o PV tenha candidatura própria, podendo ser chapa pura ou mesmo coligada, se outro partido política e programaticamente afim com nossa identidade partidária aceitar ocupar a vice” diz um dos trechos.

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Documento para a militância prega democracia interna

Voltada especialmente para os militantes, a carta destaca, ainda que “se queremos fortalecer o processo democrático brasileiro, nos níveis nacional, estadual e municipal, devemos praticar também a democracia interna partidária: ampla divulgação das possibilidades eleitorais, livre montagem de legítimas chapas e candidaturas, amplo debate para decisões transparentes, combate ao personalismo e às falsas promessas futuras, denúncia de arranjos obscuros e de poderio econômico desmesurado. O Partido Verde é considerado pelos analistas, por outros partidos, e o eleitor parece também ter essa visão, como um partido equilibrado, estando no centro do espectro político-ideológico. Acreditamos que ele deva permanecer neste lugar conquistado, de equilíbrio, sem a tentação de ir muito à esquerda nem à direita, o que significaria entrar no terrível jogo da polarização política, que tanto mal tem feito ao Brasil. Quem está nos extremos gosta, incentiva e se alimenta da polarização.”

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