Segue adiante
O ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda ignora solenemente as articulações envolvendo o PSB, seu partido, e o PT para uma troca de apoio. Os petistas apoiariam a reeleição do governador de Pernambuco Carlos Maranhão, e os socialistas apoiaram a reeleição de Fernando Pimentel em Minas. Consequentemente, ele, Márcio, estaria fora da corrida ao Palácio, podendo ser uma opção para o Senado nessa possível composição. O pré-candidato do PSB marcou para terça-feira o anúncio da adesão do PDT e do Prós à sua candidatura. O que se diz na capital é que ele, em conversa com o presidente do MDB, Toninho Andrade, lhe teria sido solidário, teria dito que mesmo sendo retirado do páreo, o PSB de Minas não apoiará o PT no projeto de reeleição.
Mais prazos
Os partidos estão ganhando tempo. Com uma campanha mais curta, com convenções previstas somente para agosto, tentam montar alianças que, até o momento, podem se mostrar improváveis, sobretudo aqui em Minas onde o MDB, agora divorciado do PT – pelo menos por enquanto -, ainda não tem nomes para uma candidatura própria ao Governo. Até o mês passado, o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, era o candidato ao Senado pela aliança. A entrada da ex-presidente Dilma Rousseff no páreo mudou o jogo. O dirigente, agora, sem garantias, coloca-se como pré-candidato a governador.
Nos bastidores
É nesse cenário que Bruno Siqueira está navegando. Em silêncio para o público externo, atua fortemente em Belo Horizonte e pode ser uma opção emedebista ao Senado ou até mesmo a vice-governador. Essa segunda hipótese só se viabiliza se o projeto da candidatura própria do MDB não for à frente. A aliança mais provável, se não houver retorno ao leito petista, seria com o PSDB. O candidato tucano, Antônio Anastasia, não descarta a possibilidade e admitiu, em entrevista à Rádio CBN de Juiz de Fora, que tem mantido conversas em várias frentes.
Vai monitorar
O comitê de contingenciamento criado pelo prefeito Antônio Almas para avaliar os impactos da crise de abastecimento estará em contato permanente durante todo o fim de semana. Ele concentra os titulares de secretarias de atividades fins mais os secretários de Governo e Comunicação Social. Além das medidas já anunciadas, o grupo se preocupa com o tempo que será necessário para a normalização dos serviços e atendimentos após o encerramento do movimento grevista. A avaliação é de que o cenário tem que ser analisado a cada dia e setor a setor, para minimizar ao máximo as repercussões no dia a dia da cidade. Na segunda-feira, mesmo com a Prefeitura fechada, o grupo voltará a se reunir.