Otimismo e esperança
Convidado pelo Fomenta Minas a falar sobre “Desafios das Organizações do Século XXI”, nesta quinta-feira, no Gran Victory, o jornalista Ricardo Boechat optou por traçar cenários políticos e econômicos, área em que tem expertise – embora destacasse não ser especialista – fruto de seu trabalho de mais de 40 anos no ramo da comunicação. E foi por esse trilha que se considerou otimista com a rumo da economia e esperançoso com a política, pois, a despeito de todas as mazelas que ocupam diariamente o noticiário, o país tornou-se mais politizado. Com essa nova consciência, as próprias instituições precisam se atualizar, especialmente a política partidária, que precisa se safar dos velhos vícios. Com o mesmo estilo de seus comentários no rádio e na televisão, aposta que as eleições de 2018 serão, de novo, disputada pelos mesmos segmentos dos últimos pleitos: PT, com o ex-presidente Lula, e PSDB, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Sem os radicais
Ricardo Boechat não acredita que as candidaturas radicais vão adiante, embora admita que terão expressiva votação. O candidato Jair Bolsonaro, por exemplo, deverá conquistar entre 8% e 10% da parcela do eleitorado, mas não deverá romper essa faixa em decorrência da própria politização das ruas. Os eleitores, no seu entendimento, deverão rejeitar projetos radicais, devendo se situar entre centro, centro direita e centro esquerda. Mas advertiu: tudo isso em condições normais, sem qualquer surpresa, fato que o Brasil tornou-se pródigo a cada período.
Manchetes
O jornalista acha que Michel Temer, a despeito de todos os defeitos, e são muitos, é a via mais segura para o país chegar às eleições de 2018, pois seu afastamento teria uma série de implicações. Ele discorda da análise de boa parte da mídia que nas manchetes da quinta-feira destacaram a vitória do governo, mas enfatizaram que ele perdeu apoio no Congresso. Foram 12 votos a menos do que na votação anterior. Boechat observou, porém, que a oposição não ganhou nada, já que apenas 6 votos a mais foram conquistados por ela em relação à votação anterior.
João Penido
Sem surpresa, nenhum deputado – federal ou estadual – compareceu, nesta quinta-feira, à reunião organizada pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal para tratar da urgência e emergência do Hospital João Penido, em Grama. Margarida Salomão, Marcus Pestana, Antônio Jorge e Isauro Calais mandaram representantes. Mas o encontro não foi em vão. Os vereadores vão analisar proposta da secretária de Saúde, Bete Jucá, de adoção de um Pronto Atendimento para a clínica médica e pediatria 24 horas, com disponibilidade de leito para estabilização do paciente até a transferência. A Prefeitura iria remunerar o Hospital por ficha de atendimento. No dia 6 de novembro haverá uma reunião para avaliação e viabilização da proposta.