Com apenas um dia de intervalo entre o levantamento feito pelo mesmo instituto na segunda-feira, a pesquisa do Ibope divulgada nessa quarta-feira não teve alterações. Os candidatos Bolsonaro e Haddad caíram um ponto percentual, mas dentro da margem de erro, da mesma forma que Ciro Gomes voltou aos 12% que tinha em verificações anteriores. Mas os números falam. Indicam, por exemplo, que não foi dessa vez que o centro e as candidaturas mais abaixo reagiram ao descolamento dos líderes. Como nesta sexta-feira deve ser a vez de o Datafolha apresentar sua pesquisa, se não houver mudanças substanciais, virar o jogo será um esforço à beira do impossível.
Últimas fichas
Ciro e Alckmin respiram por aparelhos e tentarão as últimas jogadas nos próximos dias e durante toda a semana que vem. A primeira tentativa estava programada para a noite dessa quarta-feira (26), durante o debate promovido pelo SBT. Ciro passou por uma rápida cirurgia, mas só foi para a mesa de operação com a condição de que sairia a tempo de participar do debate. Bolsonaro, de novo, ficará de fora em função de ainda estar se recuperando do atentado sofrido no dia 6, aqui em Juiz de Fora.
Pela rejeição
Ciro é o que ainda alimenta as maiores esperanças em função da rejeição. Sua equipe considera que o eleitor que rejeita os líderes pode ainda mudar o voto no primeiro turno. Pelos números do Ibope, 44% dos entrevistados rejeitam Jair Bolsonaro; 27% não votariam de forma alguma em Fernando Haddad, e 19% rejeitam Geraldo Alckmin. Só 16% disseram que não votariam em Ciro de jeito algum.
Segunda vaga
A disputa pela segunda vaga ao Senado em Minas continua aberta. O candidato Carlos Vianna (PHS), ao contrário de Dilma Rousseff, que lidera a corrida, não consegue se desgarrar do terceiro colocado, deputado Rodrigo Pacheco (DEM), nem mesmo do quarto mais bem posicionado, Dinis Pinheiro (SD). Ambos, aliás, travam a disputa mais dura sob o convencimento de que um deles, até meados da semana que vem, já tenha se tornado a segunda opção dos eleitores mineiros para o Senado Federal.