Os tucanos esperavam para essa sexta-feira a publicação da Justiça Eleitoral referendando a Comissão Provisória Municipal, eleita em meados do mês. Não houve alterações: o advogado Luiz Mattos continua à frente do partido, enquanto o também advogado Eduardo Schröder se mantém na secretaria-geral. Embora houvesse orientação nacional, os tucanos avaliaram que montar um diretório em tão pouco prazo seria temerário. Por isso, pediram, e a direção estadual autorizou, a continuidade da comissão provisória, mas sob o compromisso de, em 60 dias, eleger o diretório. Vários interlocutores levaram a questão ao presidente estadual, Domingos Sávio, que avalizou a decisão. A meta do PSDB local é fortalecer o prefeito Antônio Almas e sua eventual candidatura à reeleição.
Estadual vai mudar direção
O próprio Sávio, porém, não continuará à frente do diretório estadual, por já estar no segundo mandato. Na eleição estadual, no dia 4 de maio, uma nova direção deve ser eleita. São vários os candidatos, mas o nome mais cotado é o do deputado Paulo Abi-Ackel.
Decisões internas
Os tucanos passam por uma inflexão interna, já que o governador de São Paulo, João Doria, quer dar novos ares ao partido, já pensando nas eleições de 2020 e de 2022, na qual, certamente, ele deve postular a Presidência da República. Com a força de comandar o estado mais rico do país, ele joga todas as suas fichas para fazer a depuração da legenda. Uma de suas metas – e que não esconde de ninguém – é expulsar o senador Aécio Neves. E este é um problema que envolve diretamente o diretório mineiro, pois o senador, a despeito de estar longe dos holofotes, ainda tem seguidores em todas as instâncias tucanas.