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Para cientista político, terceira via atrasou e fica perto da inviabilidade

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A mais recente pesquisa do Datafolha aponta uma rejeição de 55% do eleitorado ao presidente Jair Bolsonaro e 35% ao ex-presidente Lula, mas isso não indica a disposição do eleitor por uma outra candidatura que significaria a terceira via. Os nomes ora apresentados não saem da casa de um dígito e ainda esbarram em dificuldades em formar alianças. O cientista político Raul Magalhães considera que uma virada na campanha só ocorrerá se os dois líderes das pesquisas cometerem erros fortes. “Se eles apenas retiverem seus eleitorados, sem maiores alterações, o caminho para a terceira via permanece obstruído. O erro do outro é sempre importante para definir uma vitória, só que depender do erro do outro é um claro limite para quem quer a vitória”, observou.

O professor Raul Magalhães destaca que Ciro Gomes é o caso mais interessante por ser um candidato com presença repetida em vários pleitos. “O seu eleitorado não topa abandoná-lo em função de um voto que daria a Lula uma vitória no primeiro turno, o que mostra a resiliência de sua proposta, mas, em contrapartida, Ciro não consegue crescer no eleitorado disposto a mudar de opinião (esse contingente vai necessariamente diminuindo com o tempo). Simone Tebet foi definida como candidata tardiamente, não tem tempo de se fazer conhecida e pouco o que mostrar, além disso não tem aliados de peso, pois o PSDB é figurante no atual quadro da política, e nem coeso está.”

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