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Fora do páreo

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A suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, definida pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, pode ter sido a pá de cal nas pretensões políticas do ex-ministro da Justiça. Na avaliação do cientista político Raul Magalhães, ele até pode disputar para deputado, senador ou até governador, mas suas chances de ser uma opção da direita na corrida pela Presidência ficaram fragilizadas. “A discussão, agora, é de quem seria a opção distante dessa polaridade. A alternativa seria o Moro, que tinha capital político da Lava Jato e que poderia vender a imagem de vítima ao sair do Governo. O capital político dele, no entanto, foi erodido com a suspeição decretada pelo STF. Além da mudança de foro, sua suspeição pesa”, destacou.

Judicialização

Para Raul Magalhães, o voto do ministro Edson Fachin, declarando incompetência da 13ª Vara Federal, também teve peso fundamental nesse novo cenário, em que, de novo, se estabelece a polarização de 2018. Desta vez, porém, com Lula, em vez de Fernando Haddad. O ex-presidente não foi absolvido, mas todos os processos contra ele terão, agora, que ser iniciados do zero e em outra vara federal. Até uma possível sentença de mérito, ele estará sem impedimentos para disputar. De acordo com Magalhães, a judicialização no Brasil tornou-se uma atividade constante. Ela foi vital no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e, agora, pela volta de Lula ao jogo político.

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