Pestana lamenta renúncia de Doria e teme pelo futuro do PSDB

"Esse caminho vai levar o PSDB à morte", afirma candidato ao governo de Minas pelo partido

Por Paulo Cesar Magella

23/05/2022 às 15h37 - Atualizada 23/05/2022 às 20h09

Candidato ao governo de Minas pelo PSDB, o ex-deputado Marcus Pestana não escondeu seu desapontamento com a decisão do ex-governador João Doria de renunciar a candidatura à presidência da República. Numa nota dura, ele se disse extremamente decepcionado com o recuo. “Só poucas pessoas em São Paulo sabem as verdadeiras razões que levaram a retirada da candidatura vitoriosa nas prévias. Eu, Eduardo Leite, Zé Aníbal, Marconi, Aécio, Pimenta da Veiga iríamos defender candidatura própria amanhã (terça-feira). Esse caminho vai levar o PSDB à morte. Em nome da minha história de 34 anos de PSDB como seu fundador, em nome da ousadia da geração de 86/88 e da memória de Covas, Montoro e José Richa, manterei a defesa da candidatura própria amanhã na Executiva.”

Sem candidatura própria, partido vai para o suicídio político

Ainda em sua nota, Pestana enfatizou que o PSDB “é um partido necessário ao futuro do país. Essa estratégia da atual cúpula é liquidacionista capitula à uma candidatura da valorosa senadora Simone Tebet, que está longe de ter maioria no MDB. A geração fundadora de 86/88 saiu do MDB por conta da hegemonia conservadora. Não há sentido em um retorno a um MDB sem Ulysses e na proposta subjacente de uma futura fusão. O PSDB ou surgirá das cinzas com candidatura própria ou experimentara uma eleição terminal rumo ao suicídio político”, finalizou.

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Reunião da Executiva é adiada para junho

Para não dar palanque aos defensores da candidatura própria, um dia após a renúncia de João Doria, o presidente nacional do PSDB, deputado Bruno Araújo, cancelou a reunião da Executiva prevista para esta terça-feira. Ele defende uma aliança com o MDB de Simone Tebet e ouviria críticas a esse projeto vindas do grupo que deseja a candidatura própria.

Paulo Cesar Magella

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