Classe desunida
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, com seu estilo sem papas na língua, deu uma bronca geral na classe política mineira, que, segundo ele, não se une em defesa dos interesses do estado. Segundo o jornal “Estado de Minas”, Kalil fez discurso inflamado ao receber o governador Fernando Pimentel para tratar das devoluções da Lei Kandir, norma que penalizou os municípios de maior porte para financiar as pequenas prefeituras e, na instância acima, os estados mais pobres. Kalil clamou pela união e chamou os políticos de incompetentes, por não produzirem uma pauta conjunta em defesa da transferência de recursos para Minas. Ele deve convidar seus colegas de Executivo para uma reunião, pois o tema é de interesse de todas as prefeituras, inclusive a de Juiz de Fora.
Lei Kandir
O discurso de Kalil ocorreu durante solenidade na prefeitura da capital em que era entregue o relatório final do impacto da Lei Kandir sobre os municípios. No caso de Belo Horizonte, ele foi elaborado por uma comissão especial da Câmara Municipal. Não se sabe se outras câmaras fizeram o mesmo estudo, mas a constatação deve ser a mesma: a norma acabou penalizando as prefeituras de médio e grande portes.
Fora do ar
Os telefones corporativos da Câmara Municipal começaram a semana mudos. E não foi por falta de pagamento. O contrato com a Oi, atual concessionária, não pôde ser renovado, pois já tinha esgotado o prazo de 60 meses de sua vigência. Foi aberta uma nova licitação, mas problemas de documentos acabaram impedindo a proclamação do novo resultado. Dessa forma, enquanto não houver solução, contatos com os vereadores só pelo fixo ou pelo celular pessoal de cada um.
Volta às ruas
A Rede Sustentabilidade volta às ruas nesta terça-feira para mais uma discussão. Dessa vez, porém, em vez das causas ambientais, como as que envolveram o Rio Doce, afetado pela ruptura da represa de Mariana, o tema é a sessão do Senado que vai analisar a situação do senador Aécio Neves. O “Rede na Rua” vai ocupar o Calçadão para protestar contra o parlamentar mineiro e engrossar o coro dos que querem que o Senado mantenha a decisão do Supremo Tribunal de afastá-lo do cargo.