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Sucessão se acelera na Câmara

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A dois períodos de reuniões ordinárias para eleger sua nova Mesa Diretora – o que vai ocorrer na primeira quinzena de dezembro -, a Câmara já vive um clima de sucessão. Nos bastidores, as articulações estão em andamento em busca de maioria. O vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal) foi o primeiro a entrar em campo e se apresentar como candidato, mas esbarra, especialmente, no MDB, a maior bancada da Câmara, que tem planos de candidatura própria. Na semana passada, numa reunião fechada, foi batido o martelo em torno do nome do vereador Kennedy Ribeiro, que deve contar com o apoio da atual direção representada pelo vereador Rodrigo Mattos (PHS).

Pela parceria

Embora a Câmara seja um poder independente, a sucessão costuma passar pelo gabinete do Executivo, a fim de reforçar a parceria. Sob esse aspecto, poderia estar em jogo uma articulação forjada ainda no início da gestão Bruno Siqueira (MDB), quando o tucano Rodrigo Mattos também foi eleito presidente do Legislativo. Agora o processo se inverteu. O prefeito Antônio Almas é do PSDB, e há entendimento, então, que a reciprocidade, embora por acordo informal, deva, nesse caso, garantir ao MDB a presidência da Casa.

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Primeiro escalão

A Câmara retorna às reuniões ordinárias nesta quinta-feira sob um cenário de expectativa. Além da discussão sobre a sucessão da presidência, os vereadores querem saber qual o teor da mensagem a ser encaminhada pelo prefeito Antônio Almas tratando da reestruturação administrativa. O texto está guardado a sete chaves, mas já se sabe que vai implicar mudanças no secretariado, sobretudo por conta de fusão de pastas. Nesse caso, uma das apostas é a Empav, que deve perder o seu papel de empresa, devendo ser incorporada a alguma secretaria, provavelmente a de obras.

Mudança necessária

Mas a reforma deve ser bem mais ampla, para enfrentar os tempos de vacas magras que marcam a administração. E, por isso, a redução de quadros comissionados é quase uma certeza. O custo operacional da Prefeitura é extremamente alto, e os repasses – até mesmo os obrigatórios – estão atrasados. Na última segunda-feira, durante coletiva, o prefeito avisou que não tinha como garantir o pagamento do 13º dentro dos prazos. Comumente, ele é feito em cota única na segunda quinzena de dezembro, mas, como não há previsão de recursos, não foram definidas datas. A mensagem deve chegar à Câmara no início do mês de novembro, a tempo de ser votada antes do recesso de fim de ano.

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