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Decisão de Fachin leva Governo e centro a mudarem suas estratégias

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A decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de anular, por incompetência de foro, todas as ações da 13ª Vara Federal de Curitiba, dirigida pelo então juiz Sérgio Moro, envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda é motivo de análise em decorrência de sua repercussão. Para o cientista político Felipe Nunes, professor de Ciência Política da UFMG, a liberação de Lula muda a estratégia do presidente Jair Bolsonaro e dos candidatos de centro, por conta de alto recall e visibilidade na população. “Bolsonaro queria um petista como adversário, mas não podia imaginar que este nome pode ser o do Lula, porque, para ele, torna-se um pesadelo”, advertiu.

Bolsonaro tem tempo para reagir ao fator Lula

Na avaliação de Felipe Nunes, num cenário de pandemia e de economia tão comprometida, Lula passa a ser visto como um salvador, mas ele não descarta uma reação do presidente. “Como a eleição ainda é um fato distante, Bolsonaro com uma recuperação econômica e uma pandemia menos impactante ainda pode se recuperar. Neste caso, ele e o ex-presidente praticamente se garantem no segundo turno.

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Centro perde com a polarização

Diante uma situação polarizada, Felipe Nunes vê sérios problemas para os candidatos de centro. “O sistema brasileiro é de dois turnos, o que força o eleitor, no primeiro turno, a procurar o candidato de sua preferência em primeiro lugar. No entanto, diz Nunes, “vários estudos indicam que quando há dois candidatos fortes, o eleitor, com algum medo, vota no oposto, mesmo não sendo o de sua preferência”.

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