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Distritão facilita eleição de quem tem mais recursos, diz cientista político

"A geração do país do futebol envelheceu e não domina mais a mentalidade cultural brasileira" (Foto: Rau Magalhães, Cientista Político)

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A possibilidade de a Câmara Federal, por iniciativa de seu presidente, deputado Arthur Lira, antecipar o processo de votação de mudanças na legislação eleitoral, especialmente com a adoção do Distritão, pelo qual são eleitos os candidatos mais votados, gera preocupação em vários setores. Para o cientista político Raul Magalhães, fazer alteração da lei eleitoral de tamanha magnitude em meio à pandemia, que trava as discussões, “é o que podemos chamar de “golpe do Lira”, que tenta passar a boiada”. Para o professor, tal medida não resolve o problema do grande número de partidos e facilita a eleição de candidatos de maior poder financeiro. “Ainda vai acabar com a proporcionalidade no eleitorado, significando que camadas consideráveis da população ficarão sem representação. É preciso um debate claro sobre isso, e nessa situação que estamos, a ú última coisa que as pessoas estão preocupadas é com tal mudança, pois a prioridade é a vacina. Segue a mesma forma do Salles (Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente) de passar a boiada. É uma forma típica desse descontrole que a política brasileira se encontra”, destacou.

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