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Outros tempos

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A lentidão nas apurações dos votos de uma eleição ocorrida no dia 3 de novembro, causando expectativa entre os americanos e no resto do mundo, já fez parte da vida dos brasileiros em períodos eleitorais. Quando as cédulas eram de papel – ainda há seus defensores, por entenderem ser a única forma de verificação posterior -, a apuração levava dias. Ficando apenas no exemplo local, os ginásios de Sport, Tupinambás e Tupi tornavam-se pontos de encontro de candidatos, cabos eleitorais e comunicadores de rádios e jornais, ávidos em acompanhar a contagem voto a voto pelos mesários e as reviravoltas à medida em que as urnas eram abertas. Em 1972, quando Itamar Franco e Mello Reis se enfrentaram, num cenário de apenas dois partidos (Arena e MDB), a vitória de Itamar só se confirmou no apagar das luzes. Já em 1989, quando o radialista Alberto Bejani disputou pela primeira vez, desafiando políticos tradicionais da cidade, nos três primeiros dias, ele estava no final da fila.
Quando os votos da periferia começaram a ser contados, o jogo mudou, e ele ganhou as eleições. As urnas eletrônicas, ao olhar dos mais tradicionais, acabaram com esse charme, mas foram importantes, sobretudo, para se saber, já no mesmo dia, o resultado.

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