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Briga na cúpula atrapalha o MDB; entre tucanos, já há busca por nomes fora do partido

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A decisão dos coordenadores regionais do MDB de apoiar o projeto da candidatura própria, como queria o presidente do diretório, Antonio Andrade, causou desconforto entre os deputados, inclusive aqueles que têm o mesmo ponto de vista. Pelo menos três deles ouvidos pelo Painel entendem que, enquanto não for superado o impasse quase pessoal entre o deputado Adalclever Lopes e o presidente do diretório, não haverá avanços. Com essa relação difícil, não altera nada, destacou um deles, que completou: ambos têm que se despir de suas vaidades pessoais e montar um projeto de unidade, pois só assim o partido será forte. Os deputados argumentam que o enfrentamento entre as duas lideranças os deixa numa saia-justa, porque, se na Assembleia – da qual Adalclever é presidente – dependem dele, no diretório, no qual Toninho é presidente, este passa a ser a referência. Daí a razão de ninguém querer entrar nessa dividida. Esta semana, se não houver dificuldade de quórum, deve ocorrer uma reunião da bancada, mas ninguém tem esperança de resolver o impasse.

Sair de JF

Entre os parlamentares, também há consenso sobre o papel que o prefeito Bruno Siqueira deveria desempenhar nesse processo. Ele deveria ser mais assertivo se quiser mesmo disputar uma vaga no Senado, buscando maior visibilidade no estado e até mesmo entre outras legendas, pois ninguém se elege sozinho tendo apoio apenas de seu partido. “O Bruno é um dos melhores quadros do MDB, mas não pode ficar isolado em Juiz de Fora”, argumentam. O que se diz, ainda nos bastidores, é que o prefeito só deixará o posto em Juiz de Fora se for um dos candidatos ao Senado, mas ele só fará esse anúncio na Semana Santa, como ele mesmo definiu.

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Tucanos divididos

Os tucanos estão divididos quanto à definição da candidatura majoritária. O deputado Marcus Pestana, secretário-geral do diretório nacional, está, agora, defendendo a ampliação do debate para além da trincheira do PSDB. Ele entende que, na ausência de uma candidatura interna competitiva, não há problemas em buscar outros caminhos. Sob esse aspecto, acha importante conversar com o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, nome que o PSB aposta para o Governo, e com o ex-deputado Dinis Pinheiro, que se articula pelo PP. Ambos estão andando pelo interior de Minas, na tentativa de ampliar a visibilidade. Pestana acha viável uma composição com um dos dois. “Lá na frente, a gente decide quem encabeça a chapa”, destacou.

Conselhos de Gentil

O deputado Paulo Abi-Ackel é um dos defensores da candidatura própria, mas o que se diz nos bastidores é que ele e o deputado Domingos Sávio – presidente do diretório estadual – têm a pretensão de ser os indicados. Ambos, no entendimento de lideranças políticas, como Marcus Pestana, são bons companheiros, mas deveriam seguir a máxima de Gentil Cardoso, famoso técnico de futebol: “Quem pede recebe; quem se desloca tem a preferência”. Sob esse aspecto, Marcio Lacerda e Dinis Pinheiro estão na frente, pois já apresentaram seus nomes e ainda andam pelo interior na busca de apoio das bases de seus partidos, mas também tucanas. Resta, ainda, o fator Aécio, que pode ser decisivo em qualquer articulação.

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