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Brasil foi o país onde os preços dos alimentos mais subiram na pandemia

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Um dos maiores desafios durante a pandemia tem sido economizar nas compras. Mesmo produtos básicos, como arroz e feijão, subiram muito de preço nos últimos meses. Por sua vez, 62% da população viu a renda diminuir no período, segundo o Datafolha.

A variação nos valores não pegou apenas os brasileiros de surpresa. Em várias regiões do mundo, a inflação tem feito as pessoas redobrarem os cuidados nos supermercados. No entanto, de acordo com estudo da Universidade de Oxford com dados do Banco Mundial, o Brasil foi o país onde os preços subiram mais depressa.

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Para se ter uma ideia, no começo de 2020, era possível encontrar pacotes de arroz de cinco quilos por R$ 15. Em setembro, o mesmo produto era vendido por até R$ 40 em algumas cidades. Ainda que o aumento não seja igual em todas as localidades, o fato de a inflação tão forte itens do dia a dia preocupa os consumidores.

Por que a inflação tem sido forte no país?

Embora a pandemia do coronavírus esteja afetando mais o Brasil, a inflação no preço dos alimentos não está diretamente relacionada com isso. Na verdade, a escalada nos valores começou no ano passado, quando o real se desvalorizou ainda mais frente ao dólar.

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Consequentemente, os produtos brasileiros se tornaram mais baratos para outros países. Isso fez com que os produtores privilegiassem mais as exportações do que as vendas internas, o que diminuiu a oferta no país e ajudou na variação de preços.

Além do mais, outros fatores contribuíram para que a cesta básica encarecesse. Em 2020, alguns países da Ásia, como Tailândia e Vietnã, enfrentaram uma grave crise hídrica que prejudicou a produção e exportação de arroz. Dessa forma, países como o Brasil se destacaram no mercado internacional.

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A grande questão é que a aceleração nos preços não foi acompanhada do aumento da renda — muito pelo contrário. Parte significativa da população perdeu a renda e até o emprego por causa da pandemia, o que tem feito com que a inflação seja sentida com um peso ainda maior.

Segundo matéria publicada pela CNN, a inflação e a pandemia podem fazer com que o Brasil volte para o Mapa da Fome, um levantamento feito pela ONU. Os países entram nessa estatística quando 5% da população vive de subalimentação.

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Foto: Pixabay

Como os preços irão se manter em 2021?

Ainda é cedo para determinar como os preços irão se manter em 2021. Mas, diante da aceleração de 2020, é importante que os consumidores se mantenham atentos.

Alguns alimentos podem ser reajustados ou subir mais lentamente — até porque, já sofreram uma grande alta nos últimos meses. Esse é o caso do arroz, responsável por várias discussões em 2020. Um pacote do produto, que era encontrado com facilidade por mais de R$ 20, agora está custando em média R$ 18,99, de acordo com o Folheto Extra. Já a embalagem de um quilo pode ser encontrada por R$ 3,89 no Tenda Atacado.

Caso o câmbio se mantenha estável e não haja outras intercorrências, como crise na produção de algum alimento, há a possibilidade de os alimentos não sofrerem tantos aumentos. De qualquer forma, atualmente, pesquisar os preços é a única arma dos consumidores para evitar os valores abusivos.

Como visto, os consumidores brasileiros são os que mais têm sofrido com a inflação durante a pandemia, segundo estudo inglês. Entre as principais causas disso estão o aumento das exportações, que favoreceu o mercado internacional, mas diminuiu a oferta para o interno. Para 2021, o cenário ainda é de incerteza, então, é importante ficar de olho para evitar gastar a mais.

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