Diabetes mellitus gestacional (DMG) é a intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira vez durante a gestação e que pode ou não persistir após o parto. Esta condição está associada com disfunção metabólica em mulheres, que persiste até 3 anos após o nascimento do bebê.
Durante a gestação, ocorrem importantes alterações no metabolismo a fim de suprir as demandas do feto.
O desenvolvimento de resistência à insulina (RI) durante a segunda metade da gestação é resultado desta adaptação, que é mediada por hormônios da placenta, para garantir o aporte adequado de glicose ao feto.
Entretanto, algumas mulheres que engravidam com algum grau de RI, como nos casos de sobrepeso/obesidade, obesidade central e síndrome dos ovários policísticos, este estado fisiológico de RI será potencializado nos tecidos periféricos.
Para diagnosticar a gestante com diabetes gestacional o resultado do exame de glicemia no primeiro trimestre deve apresentar o resultado acima de 92 mg/dL. Nesse caso, deve ser realizado uma segunda dosagem para a confirmação.
Caso a glicemia seja inferior a 92 mg/dL, a gestante será reavaliada durante o segundo trimestre gestacional. Entre a 24ª e a 28ª semana de gestação, a grávida realizará o teste oral de tolerância à glicose, que avalia como o organismo responde à ingestão de açúcares.
No caso da gestante já ter apresentado glicemia acima de 92 mg/dl no primeiro exame ela deve ser acompanhada durante toda a gestação como diabética e o atual protocolo é não fazer o teste de oral de tolerância já que ela está diagnosticada.
O impacto na saúde do bebê de mães com diabetes gestacional é a maior disponibilidade de glicose e o aumento da produção de insulina no feto a fim de estocar este excesso na forma de energia em suas células.
Este fato fará com que a criança cresça mais do que o esperado, podendo sofrer sérios traumas durante o parto. Além disso, a elevada concentração de insulina pode levar o feto a uma menor oxigenação, o que pode acarretar problemas no desenvolvimento.
O DMG sem controle triplica as chances de uma cesária de emergência e quadruplica a incidência de internamentos de recém nascidos em UTIs neonatais. Estudos indicam que o risco dessas morbidades está diretamente relacionado aos níveis de hiperglicemia materna.
A prevenção é feita com alimentação saudável e exercícios físicos.
Devem ser evitados carboidratos simples, como pão branco, açúcar refinado, arroz branco, entre outros. O consumo de vegetais e legumes deve ser adotado, além de grãos integrais.
Evitar o sedentarismo com a prática de, pelo menos, 30 minutos diários de corrida ou exercícios aeróbicos também é importante na prevenção da diabetes.
O tratamento inicial é feito com orientação alimentar que permita o ganho de peso adequado, além do controle do metabolismo. Deve ser realizado, juntamente com o profissional de saúde, o cálculo do consumo calórico semanal de acordo com o IMC de cada paciente.
Podem ser utilizados, com moderação, adoçantes artificiais na substituição dos açúcares da dieta.
E O PARTO NORMAL, É POSSÍVEL?
Para as gestantes com a glicemia controlada através de exercícios físicos e alimentação pode aguardar o trabalho de parto espontâneo. As gestantes que fazem uso de insulina deve induzir o parto a partir da 37ª semana.
Vale ressaltar que, tanto a dieta quanto os exercícios físicos, devem ser realizados de acordo com a orientação médica e respeitando as contra-indicações obstétricas.
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