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Sono Infantil: Saiba como o leite materno age como indutor do sono

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O leite humano é a principal fonte de nutrição dos neonatos. A amamentação tem efeitos benéficos a curto e longo prazo para a saúde da mãe e da criança. Protege as crianças contra a mortalidade e morbidade por doenças infecciosas. Reduz o tempo de recuperação durante a doença e está associado a um melhor desenvolvimento cognitivo.

Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os primeiros seis meses de idade e a continuação do aleitamento materno até pelo menos os dois anos de idade. O leite humano contém todos os nutrientes (essenciais) necessários para o crescimento e desenvolvimento e é responsável pela transferência de uma infinidade de fatores bioativos, como hormônios, fatores imunológicos e possivelmente microbiota da mãe para o filho.  Ao contrário da alimentação com fórmula, a composição do leite humano é variável para atender às necessidades fisiológicas do bebê.

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A composição do leite é diferente entre mães e populações, entre bebês a termo e prematuros, podendo até ser diferente para meninos e meninas.

Além disso, alguns componentes do leite humano parecem mudar ao longo do dia. Isso sugere um ritmo diurno ou circadiano.

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Como quase todos os organismos vivos, os humanos exibem um relógio circadiano endógeno que promove a sobrevivência, ajudando-nos a antecipar mudanças ambientais previsíveis, como luz, temperatura, ruído, comida e exercício. Um oscilador molecular autossustentável, composto por genes do relógio, está localizado em praticamente todas as células do nosso corpo. Este oscilador conduz a expressão rítmica de genes controlados pelo relógio, que compõem 10-20% do transcriptoma de um tecido. Isso resulta em um ritmo de quase 24 horas, o que resulta em variações circadianas nos níveis hormonais, atividade enzimática e atividade celular na maioria das células do corpo

Para manter-se em sintonia com o ciclo dia-noite de 24 horas, o sistema circadiano requer uma redefinição diária por ‘zeitgebers’, dos quais a luz é a mais forte. A informação fótica sincroniza o relógio mestre no núcleo supraquiasmático (SCN) no hipotálamo. Este é um processo chamado ‘arrastamento’. O SCN, por sua vez, serve como sincronizador para todos os osciladores periféricos. É importante ressaltar que a ingestão alimentar pode influenciar a fase desses osciladores periféricos. A desregulação do relógio circadiano pode levar a problemas de saúde, como distúrbios do sono e doenças metabólicas.

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No período pós-natal precoce, o relógio circadiano ainda não está totalmente funcional. No entanto, os primeiros sinais de ritmo circadiano no feto podem ser observados a partir de 30 semanas de gestação.  A sincronização do ritmo circadiano do recém-nascido com seu novo ambiente fora do útero depende de sinais externos, como exposição à luz/escuridão e tempo de alimentação.

As flutuações circadianas na composição do leite humano provavelmente auxiliam na transferência de informações sobre a hora do dia da mãe para o recém-nascido.Isso torna o leite humano uma forma única de ‘crononutrição’ e possivelmente ajuda o neonato a se sincronizar com seu ambiente externo. Sendo assim, para bebês alimentados com leite ordenhado, um descompasso entre o momento da ordenha e o momento da alimentação pode ter consequências para o desenvolvimento do relógio circadiano e homeostase do sono do bebê.

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E você, gestante e mãe, que deseja aprender mais sobre fisioterapia obstétrica, sobre como se preparar para o parto,  e recuperação abdominal pós parto não deixe de seguir meu instagram @jeannegcarvalho.

Espero você lá.

 

Estudo completo: https://www.mdpi.com/2072-6643/12/8/2328

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