Nesta quarta-feira, os percussionistas do Muvuka fizeram um bloco simbólico pelo Centro de Juiz de Fora. A ideia do grupo de percussão afro-brasileira, que todo ano, no pré-carnaval, faz apresentação na Praça Antônio Carlos, era fazer uma reflexão sobre a importância desses blocos para ocupar os espaços públicos da cidade. “Além de levantar uma esperança para os próximos carnavais, a gente quis fazer uma forma de protesto, porque o carnaval sempre foi de rua e, nesse ano, ainda por causa da pandemia, ele foi fechado, enquanto os blocos ficaram sem apoio”, diz Rick Guilhem, regente do Muvuka. No trajeto, que saiu do Paço Municipal e foi até o Cine-Theatro Central, só estavam os músicos do Muvuka, sem promover aglomeração de público.
Nas redes sociais, o grupo ainda levantou a discussão sobre a revitalização do carnaval no final do século 19. “Desde os primeiros carnavais, as ruas foram lugares de ressignificação. Depois de um período de proibição e criminalização dos entrudos, o carnaval de rua renasceu no final do século XIX com os cordões e marchinhas cariocas, os afoxés baianos e os blocos afros, além dos ritmos tradicionais como o maracatu e frevo”, informava a publicação. Além do bloco, o Muvuka também organiza oficinas de percussão durante o ano, além de shows em casas e eventos.