O silêncio de Adélio
A tensão cresce entre os staff de Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) com informações entre portas de que Adélio Bispo pode falar. Tem candidato bolsonarista apostando que será breve o silêncio do confesso esfaqueador do então candidato Bolsonaro em 2018. As visitas de advogados e policiais ao preso são constantes. Bolsonaristas empedernidos indicam que ainda nesta campanha Adélio pode aparecer “revelando” que o crime foi encomendado – contrariando o que a Polícia Federal já apurou. Por ora, balela pura. O que a PF já investigou e constatou é que ele agiu sozinho.
Ah, a Soberba..
Há uma palavra tão latente no staff de Lula e Alckmin quanto a certeza dos índices que indicam a liderança da dupla: a soberba. É proibido no comitê falar em derrota. Mas têm sido mais cautelosos. Alckmin não soma votos – e perdeu o eleitor fiel. Lula se segura no carisma e na rejeição de Bolsonaro. Segundo turno é outra eleição.
Licença para transitar
O ex-deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) não vai se candidatar este ano. Continuará advogado, mas tem articulado candidaturas de petistas. Em especial no interior de São Paulo. Visa A futuro protagonismo dentro do partido e trânsito livre na praça com cartão da executiva regional.
Mágoa só cresce
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) anda mais ácido porque tentou, mas não esquece o tombo que levou de Lula em 2018 – que prometeu apoiá-lo para presidente e optou por Fernando Haddad (PT). Preterido à época, Ciro foi um poço de mágoas se afogar em choro na França no segundo turno. Daí Lula repetir que ele fugiu para Paris. Daí Ciro, mais brabo, repetir que Lula não foi também porque estava preso. E segue a briga.
Novo clubinho
João Doria fez escola com o seu Lide. Criado pelo competente empresário João Camargo, o Grupo Esfera surgiu na praça paulistana com boa adesão de grandes empresas – já são 45. Reúne de banqueiros a mineradores, passando por nomes do varejo nacional. Ele realiza debates programáticos para pensar o país, em salas de hotéis de luxo de São Paulo e Brasília.
Memória se esvai
A 12 dias da eleição, a pesquisa inédita “Cidades sustentáveis: Democracia”, do Instituto Cidades Sustentáveis, aponta que sete em cada dez brasileiros não lembra em quem votou para os cargos de deputado estadual, deputado federal e senador em 2018. Esse fenômeno é maior entre pessoas que têm ensino superior. Apenas 18% dos entrevistados se recordam do voto para, por exemplo, deputado estadual.