Brasil & Portugal

Por Leandro Mazzini

09/09/2022 às 07h00 - Atualizada 08/09/2022 às 19h18

Em plena comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, foi tão fria a relação do presidente Jair Bolsonaro o com o convidado Marcelo Rebelo, presidente de Portugal, a ponto de lembrar a tensa relação da Coroa com o Brasil imperial. O cerimonial de Bolsonaro cometeu a gafe de deixar o empresário Luciano Hang, da Havan, ao lado do presidente – ofuscando assim a presença do convidado ilustre. O ‘véio da Havan’ teve mais atenção que o convidado ilustre. Bolsonaro e Rebelo mal se falaram. Ao fim do dia, a Embaixada de Portugal promoveu uma recepção comemorativa para cidadãos portugueses e brasileiros com cidadania, com a presença do chefe de Estado europeu. Nenhuma autoridade do Palácio do Planalto apareceu. O clima já não estava bom entre os dois presidentes desde que, há dois meses, Bolsonaro desmarcou uma reunião entre eles, a convite do brasileiro, porque Rebelo se reuniu com Lula da Silva.

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Cenário latino

O staff de Bolsonaro acompanha com atenção o cenário de poder na América Latina, sem envolver diretamente o Itamaraty – o órgão mais preparado para isso. Por ora o presidente vai manter apenas no discurso (irônico, vale citar) o ataque a governos de esquerda que ascenderam nos países vizinhos, como Argentina, Chile, Bolívia, Venezuela e Colômbia. E lembrar que o adversário Lula é amigo destes governos.

Brasil ofuscado

Os 200 anos da Independência passaram na agenda do Governo sem o brilho que deveria ter, sem a presença de dezenas de presidentes de países com os quais o Brasil mantém laços históricos, e bons negócios. A festa na Esplanada foi uma demonstração de força eleitoral, do bolsonarismo, do candidato à reeleição. Não com foco na importância do Brasil. Resultado é que nenhum dos presidentes vizinhos apareceu para o 7 de Setembro.

Guinada na TV

Lula e Bolsonaro deram uma guinada nos programas de TV na última quinta-feira, do jeito que a militância gosta. A campanha do presidente exibiu o vídeo em que Lula defende ladrão de celular, para comover o eleitor, e aparecem populares falando que “não votam em ladrão”. Já o staff de Lula apostou no mote de que a inflação voltou forte e o povo passa fome, com perda de poder aquisitivo.

Limpa Nome

Na busca pelo ‘nome limpo’, mais de 1,8 milhão de pessoas renegociaram em agosto suas dívidas na plataforma Limpa Nome da Serasa. No total foram realizados mais de 2,8 milhões de acordos, com descontos que somaram R$ 4,8 bilhões. Com isso, houve um aumento de 22% nas renegociações em relação ao mês anterior. As telecomunicações (41%), securitizadoras (24%) e bancos (15%) foram os setores com maior número de acordos.

Franquias respiram

Mesmo com a inflação alta e um cenário econômico de incertezas, o setor de franquias fechou o 1º semestre do ano com crescimento de 16,8% em comparação ao mesmo período de 2021, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Franchising. A receita passou de R$ 41,140 bilhões para R$ 48,052 bilhões.

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Leandro Mazzini

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