SENAC DF, de novo
O Senac do DF foi palco recentemente de uma série de denúncias. O TCU e a Câmara dos Deputados apuram desvios, assédios contra funcionários e destruição de provas etc. Os casos levaram o presidente da Fecomércio, José Aparecido, a demitir a então diretora regional Karine Câmara. Mas onde há palco, o show sempre continua. O novo diretor é Vitor de Abreu Corrêa, que foi chefe de gabinete da presidência do DFTrans no Governo de Agnelo Queiroz (PT). Ele foi exonerado na época por denúncias após cobrar empresas a emitir passagens para integrantes de um partido político. E foi condenado a 3 anos e um mês de reclusão, multa e inexigibilidade por atos de improbidade administrativa e concussão. Ele está impedido até hoje de trabalhar em cargos públicos. O caso de Vitor de Abreu foi parar no Superior Tribunal de Justiça onde ele tentou, mês passado, um recurso para poder voltar a atuar em cargos públicos. O STJ negou e, portanto, Vitor não poderia nem ocupar o atual cargo de diretor regional do SENAC. Mais uma bomba no colo do Sistema S e de José Aparecido.
Outro lado
Em nota à Coluna, o SENAC-DF informa que Vitor Corrêa ocupa a função “de forma interina”. “Seu trabalho no Senac sempre foi pautado pela ética e transparência. O caso apresentado surgiu no ano de 2011 e ainda está em trâmite no STJ, sem ter sido transitado em julgado. O SENAC-DF não recebeu qualquer comunicação sobre o assunto. Vitor Corrêa reforça que sempre esteve à disposição do Poder Judiciário para esclarecimentos, cumpriu com todas as fases processuais e nunca lesou o erário”.
Autofagia condominial
O grupo que edita os jornais “O Estado de Minas” e “Correio Braziliense” pode assistir a uma ruidosa troca em seu comando nos próximos meses. Tem diretor muy amigo articulando a degola do presidente Álvaro Teixeira da Costa. Circula entre salas de figurões do DF que o argumento é que o “Correio” precisa modernizar a gestão à beira da falência. Álvaro é conhecido pelo temperamento forte e espera-se que reaja. Para piorar a situação do diário de Brasília, que está prestes a perder a sede para um leilão judicial, os condôminos viram a derrota do clã Arruda na eleição, que tentariam salvar a gestão junto ao BRB – que já fechou as portas para crédito.
Cabeças rolarão
Carlos Lupi, presidente do PDT, está possesso com a executiva regional do partido no Distrito Federal, e quer trocar todo mundo. A despeito da vitrine de Leila do Vôlei candidata ao Governo, o resultado da legenda nas urnas foi muito inexpressivo para deputado federal e distrital. A executiva nacional mandou R$ 3,5 milhões para as campanhas no DF. Os nove candidatos a federais conseguiram, juntos, apenas 6.160 votos – média de irrisórios 684 votos por candidato. O DF tem 2,2 milhões de eleitores. A votação para os federais do PDT foi menos de 0,1% da votação na capital e Entorno.
Queimando forte
O Brasil registrou este ano 152.263 focos de incêndio, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os maiores números de queimadas foram contados no Mato Grosso (25.879), Amazonas (18.875) e Maranhão (12.558). A soma total já supera os focos detectados em 2021, que foram 146.473.
Pó$-pandemia
A praça sobrevive no aperto pós-pandemia, apesar da retomada do mercado. O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, em agosto, das 5.540.767 micro e pequenos negócios (MPEs) com contas em atraso no Brasil, 53% eram do Sudeste, 16,4% do Sul, 16,3% do Nordeste, 9% do Centro-Oeste e 5,3% do Norte.